Uma antiga gruta na Turquia, conhecida como o “Portão para o Inferno”, está sendo estudada por cientistas que revelaram que as lendas sobre ninguém sobreviver quando se aproximava do local eram reais.
A lenda era, afinal, quase toda verdadeira. Os cientistas decidiram investigar o mito e descobriram que é verdade que ninguém conseguia sobreviver ao se aproximar do “Portão para o Inferno”, por outro lado, não conseguiram comprovar o “sopro mortal” de um deus grego, como contava a história.
Os gregos antigos acreditavam que a cidade turca de Denizli – Portão de Hades, nomeada em honra ao deus grego do inferno, era uma passagem para o mundo dos mortos. Os contos diziam que ninguém resistia ao entrar na misteriosa gruta greco-romana de pedra nas ruínas de Hierápolis.
Por mais incrível que pareça, o grupo de cientistas, chefiado pelo professor Hardy Pfanz, da Universidade Duisburg-Essen, na Alemanha, revelou que estes foram mais do que meros contos. No caso de Hierápolis, os antigos escritores descreveram o incrível fenômeno sem exageros.
O novo estudo, publicado no início do mês na revista Archaeological and Anthropological Sciences, explica que a gruta se encontra sobre a falha geológica de Badadag, o que significa que poderia sair da crosta terrestre um gás nocivo que enchia a caverna.
Até hoje, as ruínas antigas ainda emitem altos níveis de dióxido de carbono que podem ser letais a pequenos animais. “Na gruta sob o templo de Pluto, o gás carbônico tem uma concentração mortal de 91%“, destaca a pesquisa. “Estes vapores ainda hoje são emitidos em concentrações que matam insetos, pássaros e mamíferos“.
Os gregos antigos acreditavam que a gruta estava repleta do “sopro mortal de Hades”, irmão de Zeus, o rei dos deuses, que foi encarregado de cuidar dos mortos e controlar o submundo.
Os cientistas conseguiram assim pôr fim a séculos de um mito que aterrorizou uma população inteira.
Ciberia // ZAP