O governador do Estado do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), acaba de anunciar o aumento do piso salarial dos professores. A notícia coloca agora os docentes maranhenses como os mais bem pagos do Brasil.
Antes dono do segundo maior piso salarial do país, perdendo apenas para Distrito Federal, o Maranhão agora vai oferecer aos educadores com licenciatura plena e com jornada a partir de 40 horas salário de R$ 5.384,26.
O Secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão, ressaltou os esforços realizados pela gestão em valorizar os profissionais da educação. “São medidas que vão desde melhorias nas condições físicas dos espaços escolares e atendimento de demandas históricas da categoria, como concurso público, ampliação de jornada, unificação de matrículas e progressões na carreira”, afirmou.
Com impacto financeiro de R$ 132 milhões por ano na folha de pagamento do governo, a medida entra em vigor no mês de maio e faz parte de um pacote de ações na área de educação, como a recomposição salarial de 8% no salário de todos os educadores do Subgrupo do Magistério da Educação Básica, somando 22,05% de reajuste aos professores estaduais em 25 meses de gestão.
Conhecido nacionalmente por ter sua vida política comandada pela família Sarney há décadas, o Maranhão surpreendeu ao quebrar a oligarquia há três anos com a eleição de Flávio Dino para o comando do Palácio dos Leões.
Mas, mesmo com medidas como a valorização dos profissionais de educação, o trabalho é longo e a região ainda é uma das mais pobres do país, ocupando a penúltima posição entre os 26 Estados do Brasil no índice de Desenvolvimento Humano da ONU divulgado em 2014.
Em pesquisa divulgada no mês de dezembro por exemplo, o IBGE constatou que 52% da população viveu em situação de pobreza em 2016. Além disso, o avanço de 2% da extrema pobreza em todo o Nordeste também impactou a vida dos maranhenses.
O governador Flávio Dino (PCdoB) disse que a expectativa do governo é que crescer 4% em 2018, com o auxílio do agronegócio.
“O que tentamos colocar no lugar do patrimonialismo e hiperconcentração de riqueza que herdamos é uma economia mais forte e diversificada, que tenha políticas sociais capazes de distribuir a renda e que haja probidade e honestidade na gestão do dinheiro público”, afirmou Dino à Folha de São Paulo.
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