O presidente Michel Temer disse nesta segunda-feira (19), durante a abertura do 8º Fórum Mundial da Água, que o crescimento sustentável está “intimamente ligado” ao acesso à água.
Ele reafirmou o compromisso histórico do Brasil com a questão e disse que os trabalhos visando à sustentabilidade hídrica requerem “ações permanentemente integradas em nossos países e entre nossos países”.
“O acesso à água está intimamente ligado à capacidade de crescer de forma sustentável. Em nome do futuro da humanidade, é nossa obrigação compartilhada buscar o desenvolvimento sustentável em todas suas vertentes. O consenso é de que a vida na Terra estará ameaçada se não respeitarmos os limites da natureza”, disse o presidente em seu discurso de abertura, no Itamaraty, ao lado de chefes de Estado que participaram do fórum.
Temer reafirmou ser histórico o compromisso brasileiro com a questão ambiental, reforçado a partir da conferência Rio 92, quando conceitos foram definidos, e depois na Rio+20. “Estamos firmemente empenhados em implementar essa agenda, e reafirmamos isso no 8º Fórum Mundial da Água”, disse o presidente, ao destacar a necessidade de diagnósticos precisos e ações coordenadas para melhor desenvolver essas políticas.
“A sustentabilidade hídrica requer ações permanentemente integradas em nossos países e entre nossos países. Se nos fecharmos em nós mesmos e se atuarmos de forma desarticulada, todos pagaremos o preço”, acrescentou.
Temer lembrou que há no mundo cerca de 2 bilhões de pessoas sem uma fonte segura de água em suas casas e sofrendo com a falta de saneamento. Além disso, acrescentou o presidente, há 260 milhões de pessoas que precisam andar mais de meia hora para ter acesso à água.
Segundo Temer, embora o governo tenha se empenhado para enfrentar, nos últimos anos, uma das maiores recessões de sua história, esse trabalho ocorreu “sempre com olhos postos na sustentabilidade”. O presidente citou o programa Plantadores de Rios, a proteção das florestas e a reversão da curva do desmatamento na Amazônia como fatores que colocam “a segurança hídrica no centro de nossas políticas”.
“Preservar não basta. É preciso fazer chegar água nos lares das famílias. Há comunidades que ainda lutam contra a seca. Daí nosso empenho na transposição do Rio São Francisco. Trata-se de um projeto antigo, mas que estamos finalizando e, ao fim, vai beneficiar 12 milhões de habitantes no Nordeste”, disse.
O 8º Fórum Mundial da Água teve início no domingo (18) e vai até sexta-feira (23), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Já a Vila Cidadã, a feira e a Expo foram abertas ao público no sábado (17) e vão funcionar até o dia 23, diariamente das 9h às 21h.
O evento é organizado no Brasil pelo Conselho Mundial da Água; pelo Ministério do Meio Ambiente, representado pela Agência Nacional de Águas (ANA); e pelo governo do Distrito Federal, representado pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa).
Ciberia // Agência Brasil