Anunciadas em março deste ano, as novas opções de realização de lives pagas do Facebook têm um novo alvo: o mundo dos esportes.
Segundo executivos da empresa falaram à CNBC, a ideia é transformar a rede social em um meio de compartilhar partidas de times colegiais e de ligas com apelo menor ao mesmo tempo em que há a geração de renda para as equipes envolvidas.
Rob Shaw, diretor de mídia esportiva e parcerias de ligas do Facebook, afirmou que acredita que as transmissões vão ajudar a injetar ânimo no modelo pay-per-view. “As pessoas estão dispostas a pagar para experimentar um momento”, afirmou o executivo. “Uma coisa que notei, no entanto, é que não acho que as pessoas estão dispostas a começar com uma assinatura logo de cara”.
Atualmente disponíveis para um número seleto de usuários, as transmissões ao vivo pagas permitem vender “ingressos” para o público interessado. Embora no momento toda a renda seja revertida para a organização dos eventos, a rede social já prevê uma mudança nas regras em agosto — o que deve vir acompanhado de uma taxa de manutenção destinada à empresa.
Foco em eventos menores
Para transmitir um evento, uma entidade terá que primeiro pedir permissão e passar por uma checagem de integridade. O Facebook afirma que realiza o monitoramento ativo das transmissões para evitar o compartilhamento de conteúdos explícitos, mas não faz distinções entre os formatos utilizados — que podem ser desde um vídeo ensinando uma receita até um torneio esportivo completo.
Durante a fase de testes, a rede social teve sucesso com a transmissão do Challenge Miami, desafio de triatlo profissional que cobrou US$ 2.99 (R$ 15,76 na conversão direta) pelos ingressos virtuais. Acompanhado por mais de 17 mil pessoas ao redor do mundo, ele teve uma audiência que se localizava majoritariamente fora dos Estados Unidos (70%).
Desde o ano passado, o Facebook vem conquistando uma grande audiência nas transmissões de competições como a UEFA Champions League e a Copa Libertadores da América por meio do Watch, mas elas não parecem ser o alvo da nova iniciativa. Pelo menos por enquanto, a plataforma deve mirar em ligas locais, esportes pouco divulgados e eventos únicos — justamente aqueles que não precisam lidar com contratos televisivos que incluem cláusulas que impedem sua transmissão através da rede social.
Ciberia // Canaltech