A estação espacial chinesa Tiangong-1, de 10 toneladas, regressou à Terra na madrugada desta segunda-feira (2) em uma queda descontrolada de uma órbita terrestre baixa, tendo reentrado na atmosfera sobre o sudoeste da América do Sul e caído no sul do Oceano Pacífico.
Assim como o previsto, a queda na Terra do laboratório espacial chinês Tiangong-1 não provocou danos. A estação espacial se desintegrou na reentrada da atmosfera, oferecendo a alguns países sul-americanos um “espetáculo esplêndido”, semelhante a uma chuva de meteoros.
Em queda através de uma atmosfera cada vez mais densa, enquanto se aproximava da Terra a uma velocidade de 17 mil km/hora, os detritos foram quase completamente destruídos antes de atingir a superfície do planeta.
Segundo AFP, que cita a Agência Espacial Chinesa, a nave reentrou na atmosfera “essencialmente destruída“, e o impacto final do que restava dela com a Terra aconteceu no sul do Pacífico.
O astrônomo Jonathan McDowell especifica que a nave chinesa caiu a noroeste do Taiti. “Conseguiu falhar o ‘cemitério de naves espaciais‘, que fica mais a sul”, diz McDowell.
A Agência Espacial Europeia (ESA) tinha calculado que o impacto final da Tiangong-1 aconteceria entre o fim da noite de domingo e o início da madrugada. Segundo a Aerospace, aconteceu às 1h15 desta segunda-feira, 2 de abril.
Após o impacto final da estação espacial nos mares do Taiti, o Volcano Watch substituiu o livestream por um timelapse que resume em 5 minutos o acompanhamento que a Aerospace fez do trajeto da Tiangong-1 na sua descida final à Terra.
A Tiangong-1, ou “Palácio Celestial 1”, foi colocada em órbita em setembro de 2011 e estava programada para fazer uma reentrada controlada na atmosfera. Porém, a estação espacial chinesa deixou de funcionar em março de 2016, tendo gerando preocupação por uma eventual queda livre.
No entanto, esse tipo de estação espacial “não cai violentamente na Terra como nos filmes de ficção científica, mas se desintegra como uma magnífica chuva de meteoros num belo céu estrelado, à medida que os respectivos destroços avançam em direção à Terra”, explicaram as autoridades chinesas.