A estação espacial Tiangong-1 vai reentrar na atmosfera entre janeiro e março do próximo ano. A ESA adiantou que há a possibilidade de que os fragmentos caiam em vários países.
Está previsto que a estação espacial Tiangong-1 caia na Terra no início do próximo ano. A Agência Espacial Europeia (ESA) monitora a sua orbita e conseguiu delimitar a área do planeta onde poderá cair: uma faixa da Terra que contém a maior parte dos continentes habitados, como as Américas.
Holger Krag, chefe da divisão de lixo espacial da ESA, garante que “devido à geometria da órbita da estação, podemos excluir a possibilidade de que qualquer fragmento caia ao norte de 43ºN ou sul de 43ºS“.
Isto significa que a reentrada da Tiangong-1 pode ocorrer em qualquer ponto da Terra entre essas latitudes, “incluindo vários países“.
Ao sul do paralelo 43°N, nas Américas, encontram-se a maior parte dos Estados Unidos, e todos os países até o paralelo 43ºS, que passa sobre o sul da Argentina, deixando assim a probabilidade de que fragmentos caiam em qualquer parte do Brasil.
Os territórios ao norte do paralelo 43ºN e ao sul do 43ºS estão a salvo do impacto dos fragmentos da Tiangong-1.
A data da queda da estação espacial chinesa, assim como a pegada geográfica do impacto na Terra, só pode ser prevista com grande grau de incerteza. Krag explica que, até mesmo pouco tempo antes da reentrada, “só poderemos estimar uma enorme janela temporal e geográfica”.
A ESA vai fazer parte do IADC, o grupo internacional de especialistas que irá seguir a queda dos fragmentos da sonda chinesa, com o apoio das agências norte-americana, russa, japonesa, entre outras. A operação para monitorar a reentrada da estação na atmosfera terá como objetivo prever com maior precisão onde poderá cair.
A Tiangong-1, também conhecida por “Palácio Celestial”, foi lançada em setembro de 2011 e descrita como um “potente símbolo político” da China, como parte de um ambicioso programa científico do país para se tornar uma superpotência espacial. A estação tem 12 metros de comprimento, um diâmetro de 3,3 metros e uma massa de 8.506 quilos.
Mas, em 2016, depois de vários meses de especulação, as autoridades chinesas confirmaram que tinham perdido o controle da estação espacial e que ela iria cair na Terra entre 2017 e 2018, mas até agora ninguém sabe o local exato onde a sonda pode cair. Atualmente, a estação espacial chinesa está a 300 quilômetros de altitude.
Sobre isso, a ESA indicou que, na história cosmonauta, as estatísticas são positivas: nenhuma morte humana foi confirmada devido à queda de componentes espaciais.
Ciberia // ZAP