De acordo com um estudo recente, as instalações nucleares de Pyunggye-ri, na Coreia do Norte, entrou em colapso parcial após o maior teste já realizado pelos norte-coreanos, em setembro do ano passado.
O principal local utilizado para a realização de testes de mísseis nucleares na Coreia do Norte entrou em colapso parcialmente, tornando-se pouco seguro para a realização de novos testes, avança o Público.
A pesquisa conclui que ocorreu um colapso parcial da montanha que contém os túneis utilizados para os testes, o Monte Mantap, colapso que torna o local inutilizável. Além disso, segundo os pesquisadores, há risco de vazamento de radiação.
A teoria é defendida num estudo recente realizado por geólogos chineses da Universidade de Ciência e Tecnologia de Hefei, divulgado no The Guardian nesta quinta-feira (26).
O local fica em uma zona montanhosa no norte do país, em Pyunggye-ri. Esse foi o lugar escolhido para os seis testes nucleares levados a cabo pelo regime desde 2006. O estudo indica que, caso haja novos teses do gênero, o local está sujeito a vazamentos de material radioativo, tornando-o praticamente inutilizável.
De acordo com o Público, as conclusões do estudo nos oferecem uma nova perspectiva sobre as promessas de desnuclearizar o país, feitas por Kim Jong-un, líder do regime norte-coreano.
Há uma semana, a Coreia do Norte anunciou que iria suspender os testes nucleares e de mísseis balísticos intercontinentais, desmantelando as instalações de Pyunggye-ri, a partir de 21 de abril, uma decisão anunciada pouco antes do encontro com Moon Jae-in, líder da Coreia do Sul, marcado para esta sexta-feira (27).
Em setembro foi feito o sexto teste nuclear do regime de Kim, condenado por várias nações e por representantes da ONU e que levou os Estados Unidos a afirmar que atacariam a Coreia do Norte face a qualquer ameaça ao seu território.
O sexto ensaio nuclear causou um abalo sísmico de magnitude 6.3 na Escala Ritcher e pode ter sido um dos responsáveis pela instabilidade das instalações, já que as explosões nucleares liberam grandes quantidades de calor e energia.
O estudo será publicado nas Geophysical Research Letters e reitera a necessidade de vigiar a Coreia do Norte, sobretudo no que toca à liberação de materiais radioativos depois da destruição parcial das instalações nucleares.
Ciberia // ZAP