Uma pesquisadora brasileira está conseguindo, de forma experimental, devolver a visão a pacientes idosos com degeneração macular.
No estudo, a oftalmologista Carina Costa Cotrim – do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP) – está usando uma injeção intraocular para realizar um autotransplante de células-tronco retiradas da medula óssea.
Já participaram do procedimento dez pacientes com mais de 50 anos com degeneração macular seca avançada. “Houve melhora da visão da maioria dos pacientes tratados assim como maior estabilidade na fixação. Os idosos com menor grau da doença, ou seja, menor atrofia, apresentaram melhor evolução que aqueles com maior atrofia”, disse Carina Costa ao UOL.
De acordo com a oftalmologista, o estudo é uma análise inicial para o uso dessas células no tratamento da Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) na forma seca, uma doença que leva à cegueira e afeta 8,7% dos idosos no mundo. “Até o momento, não existe nenhum tratamento efetivo e, portanto, é de grande importância estudos nessa área”, acredita a pesquisadora.
Durante todo o acompanhamento, o tratamento mostrou-se seguro. O exame de angiofluoresceinografia não apresentou crescimento de vasos indesejados ou tumores na retina.
O material da medula de cada paciente foi coletado no próprio Hospital das Clínicas. “A medula óssea aspirada é rica em células que podem se transformar em outras células e também apresentam grande potencial em liberar fatores de crescimento que melhoram o ambiente da retina e resgatam as células doentes”, afirmou a pesquisadora.
O material coletado foi processado e as células-tronco isoladas em laboratório injetadas em uma quantidade de 0,1 ml no olho de pior visão. Após a injeção, os pacientes foram acompanhados de três em três meses até completar um ano.
Nesse período, diz Carina, passaram por avaliações, como tomografia de coerência óptica, para avaliar a função visual e, também, responderam questionários sobre qualidade de vida. Para Carina, a explicação está no possível resgate funcional das células que ainda não morreram, mas não funcionam devido ao sofrimento.
“Na avaliação da qualidade de vida, houve melhora significativa na visão de cores e na saúde mental desses pacientes já nos seis meses de acompanhamento.”
A pesquisadora lembra que o número de pacientes na pesquisa brasileira foi pequeno, por isso novos estudos devem ser realizados para ampliar os testes e confirmar os resultados.
Um artigo sobre a experiência foi publicado na revista Clinical Ophthalmology no ano passado, sendo o resultado do mestrado de Carina. Assinam também o artigo Luiza Toscano, André Messias, Rodrigo Jorge e o professor Rubens Camargo Siqueira, orientador do mestrado.
Ciberia // Só Notícia Boa
Gostaria de ter o endereço da Dra. Carina, para ver se há possibilidade de rever o meu olho esquerdo.
Gostaria de ter o endereço da Dra. Carina, para ver se há possibilidade de rever o meu olho esquerdo. Não é verdade que já postei a frase anterior, só hoje li a reportagem da Dra. Carina
dra. Carina, tenho esse problema degeneração macular, gostaria de participar dessa pesquisa, como proceder? telefone; 81 91184228 / 988783314 ana lucia santos
Dra. Carina Costa Cotrim:
Assisti à reportagem em rede nacional acerca das suas pesquisas e experiências sobre DMRI.
Minha mãe, de 82 anos, está com a doença nos dois olhos. Seria possível levá-la para uma avaliação e possível participação na pesquisa? Desde já, agradeço a atenção.
Sou advogado, tenho 65 anos de idade e portador de DMRI. Estou muito feliz com a notícia sobre as pesquisas científicas da Dra. Carina Costa Cotrim em relação ao tratamento com células tronco para a DMRI e gostaria de saber como poderia me inscrever para os estudos na próxima pesquisa com células tronco.
Bom dia Dr. Carina Costa Cotrim meu pai precisa urgente fazer o exame de angiofluoresceinografia estava vendo é muito caro ele é idoso e nao temos condições.
Poderia me indicar onde consigo esse exame gratuito.
Ja nao sei mais onde procurar
Ele tem 79 anos
Agradeço desde ja a atenção