Os destroços de um submarino alemão da Primeira Guerra Mundial emergiram em uma praia de Wissant, no norte da França. Há décadas enterrada na areia, a carcaça enferrujada da embarcação naufragada em 1917 agora pode ser vista quando a maré está baixa.
Desde dezembro de 2018 que duas peças do submarino alemão UC-61, uma com cerca de oito metros e outra com cerca de três metros de comprimento, aparecem na praia de Wissant sempre que a maré recua.
“Todos os moradores de Wissant sabem que há um submarino aqui. Mas durante a maior parte do tempo os destroços não estão visíveis. É nunca estiveram tão expostos“, diz o guia turístico Vincent Schmitt.
A embarcação da Marinha imperial alemã, que combateu na Primeira Guerra Mundial, tinha 50 metros de comprimento, e chegou em julho de 1917 à costa francesa.
O submarino tinha como missão afundar navios mercantes inimigos e, segundo a historiadora Isabelle Delumeau, teria chegado a afundar uma embarcação de guerra. Antes de se render às autoridades francesas, a tripulação, composta por cerca de 20 pessoas, explodiu o submarino.
“Os destroços de submarinos da Primeira Guerra Mundial não são numerosos e ainda não muito conhecidos. Essa é, portanto, uma oportunidade muito rara de nos aproximarmos de um submarino da Primeira Guerra”, afirma Delumeau.
De acordo com o prefeito de Wissant, Bernard Bracq, os destroços ficam visíveis por pouco tempo, a cada dois ou três anos, dependendo das marés e do vento, que fazem com que a areia se mova. “Uma rajada de vento e os destroços desaparecem novamente“, alerta.
As autoridades locais não pretendem desenterrar a embarcação, alegando que não representa perigo para a população local. E enquanto o submarino centenário não desaparece novamente, os turistas se apressam em chegar ao local – à procura de uma oportunidade de ver o que resta de um submarino com mais de 100 anos.
Ciberia // Deutsche Welle / ZAP