A Apple tem planos de lançar uma espécie de “Netflix de notícias” ainda neste ano. O serviço permitiria o acesso ilimitado a conteúdos por uma taxa mensal estimada em US$ 10, e seria parte de uma área paga dentro do aplicativo Apple News. Agora, novidades sobre o streaming começam a surgir.
Na terça-feira (12), o Wall Street Journal publicou que a Apple estaria sofrendo resistência de editoras de conteúdo. Isso porque a gigante de tecnologia quer receber 50% do valor das assinaturas. Outros 50% seriam divididos entre as publicações.
Já nesta quinta-feira (14), o Recode afirma que a Apple já assinou contrato com “muitas provedoras de conteúdo” para o serviço – e elas aceitaram ceder 50% das receitas para a Maçã.
A publicação explica que a Apple possui acordos com pequenas editoras desde que comprou, no ano passado, o aplicativo de revistas Texture, que oferece acesso a mais de 200 publicações por US$ 9,99. Estas editoras estariam recebendo uma porcentagem maior que a Apple pelo serviço.
O argumento que tem convencido as provedoras de conteúdo é a grande exposição que elas poderiam ganhar ao colocar seu conteúdo em um streaming da Apple. Ainda, a expectativa é de que o serviço aumentaria sua base de clientes.
A proposta de 50% da receita para a Apple, entretanto, não deve satisfazer grandes jornais e revistas, que têm plataformas de assinatura digital e prefeririam manter 100% de sua receita.
Outra preocupação das grandes editoras é que elas não terão acesso a dados de assinantes, como cartão de crédito e endereço de e-mail. Essas informações são usadas para construir um banco de dados sobre consumidores e comercializar produtos.
O novo serviço da Apple faz parte do movimento da empresa para encontrar outras formas de crescimento em um momento de estagnação das vendas do iPhone. A gigante de tecnologia também tem planos de lançar um serviço de streaming de vídeos ainda neste ano.