Foi confirmada, pelo ministro da Saúde do Congo, a descoberta de novos casos de Ebola na província de Équateur. O último surto do vírus altamente mortal ocorreu em 2018 e matou 33 pessoas no país.
O governador da província disse que há cinco casos prováveis e quatro infectados já haviam morrido. Segundo ele os casos foram descobertos em Mbandaka, capital da província Équateur, em que vive mais de um milhão de pessoas e se destaca como cidade portuária com fortes demandadas de transporte e comércio.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou mais tarde, nesta segunda-feira, que seis casos já haviam sido descobertos pelo Ministério da Saúde do Congo.
Até o momento três mil casos de coronavírus foram confirmados no Congo, mas nenhum deles em Mbandaka. Não há relação entre o coronavírus e o Ebola. O ebola surgiu nas florestas tropicais africanas e é transmitido exclusivamente através do contato com os fluidos corporais do infectado. Ele gera uma febre hemorrágica, vômitos e hemorragia interna em casos graves.
Durante dois anos um surto de Ebola matou mais de duas mil pessoas no nordeste do Congo. Na mesma região ocorre o pior surto de sarampo do mundo.
O mais terrível surto de Ebola na África infectou mais de 30 mil e matou mais de onze mil pessoas na África Ocidental desde o fim de 2013 até o começo de 2016.
O novo surto já é o 11º no Congo desde que o vírus patógeno foi identificado em 1976. Não há cura, mas vacinas experimentais provaram eficazes. Há diferentes cepas do vírus e os surtos também tiveram taxas de mortalidade variando de 25% a 90%.
O precário serviço de saúde, pouca confiança no governo e organizações dificultam muito as respostas à doença Congo e África Ocidental. No entanto o governo do Congo tem recebido elogios pela agilidade ao identificar e frear o Ebola na maior parte dos surtos anteriores.
// HypeScience