Premiê Benjamin Netanyahu foi o primeiro israelense a receber a vacina, como forma de encorajar a população. Neste domingo, presidente do país, ministros e agentes de saúde também receberam o imunizante.
Israel iniciou neste domingo (20/12) sua campanha de vacinação em massa contra o coronavírus, imunizando funcionários da área da saúde. A campanha teve início um dia com o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, que foi o primeiro israelense a ser inoculado. Numa cerimônia pública, Netanyahu disse que queria “dar o exemplo” e “encorajar” a população.
Neste domingo, além dos primeiro agentes de saúde, a imunização também foi aplicada no presidente Reuvén Rivlin.
“Quando você vai e se vacina, você não está apenas cuidando de sua própria saúde, mas também da saúde daqueles ao seu redor”, declarou Rivlin ao ser vacinado no hospital Hadassah, em Jerusalém. “Este passo ajudará a todos a voltarem ao normal, reativará a economia e aliviará parte da enorme pressão sobre o sistema de saúde”, acrescentou.
Rivlin disse que as preocupações de alguns sobre o efeito das vacinas são legítimas, mas acrescentou que os imunizantes passaram por controles rigorosos e são confiáveis.
Além dos trabalhadores da saúde, espera-se que os prefeitos e outros ministros do governo também sejam imunizados hoje, informou a emissora pública de televisão Kan.
Ontem, junto com Netanyahu, foi vacinado o ministro da Saúde, Yuli Edelstein, e hoje, junto com Rivlin, também foi a vez do ministro da Fazenda, Israel Katz.
A previsão é de que amanhã também sejam disponibilizadas doses para idosos que vivem em asilos e para os funcionários desses espaços. Depois, será a vez das outras pessoas com mais de 60 anos, e então seguirão as pessoas com patologias pré-existentes. Por fim, o restante da população será imunizado, com exceção de menores de 16 anos, mulheres grávidas ou amamentando e pessoas alérgicas ou que ainda estejam se recuperando da covid-19.
Com uma população de 9 milhões de habitantes, Israel tem centenas de milhares de doses de vacina da Pfizer – entre 500 mil e 600 mil, de acordo com o jornal Haaretz – e espera receber quase 4 milhões a mais até o final deste ano.
“Acredito que nas próximas semanas teremos vacinas suficientes para vacinar pelo menos 2 milhões de cidadãos”, disse hoje a diretora de Serviços de Saúde Pública do Ministério da Saúde, Sharon Alroy-Preis.
O plano de vacinação israelense exige de 60 mil a 82 mil doses por dia, embora a imprensa local tenha advertido que as dificuldades na distribuição poderiam forçar um ritmo mais lento. Além da Pfizer, Israel também tem acordos com outras farmacêuticas, incluindo a Moderna, da qual receberá 6 milhões de doses nos próximos meses.