Pentágono revelou que sete dos ex-militares colombianos acusados de assassinar o presidente haitiano Jovenel Moïse receberam treinamento nos EUA enquanto estavam no serviço militar colombiano.
Além disso, os militares participaram de um programa de elite do Exército dos EUA cujos graduados têm má reputação por realizarem golpes em toda a América Latina.
“Até agora, identificamos sete indivíduos que eram ex-militares do Exército colombiano que receberam algum tipo de […] instrução e treinamento fornecido e financiado pelos EUA”, disse aos jornalistas nesta quinta-feira (22) John Kirby, porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA.
Além disso, Pentágono informou que alguns destes militares também concluíram cursos no Instituto de Cooperação em Segurança do Hemisfério Ocidental (WHINSEC) em Fort Benning, no estado da Geórgia. O instituto é mais conhecido pelo seu antigo nome, a Escola do Exército das Américas.
O Departamento de Defesa não divulgou os nomes dos militares; os oficiais em Fort Benning também recusaram fazer quaisquer comentários sobre o assunto.
Os sete homens foram aprovados para o treinamento realizado na Colômbia e nos EUA entre 2001 e 2015. Segundo a lista de cursos divulgados pelo Pentágono, os homens fizeram seminários em Washington D.C. e vários cursos no WHINSEC.
O porta-voz do Pentágono, tenente-coronel Ken Hoffman, disse que as sessões em Washington eram “menos formais” e não eram conduzidos em uma sala de aula. Elas se concentravam em áreas específicas, tais como operações militares gerais, treinamento médico de emergência, engenharia, logística, operações, manutenção ou outro suporte de sistemas de armas e equipamento de apoio, escreve jornal Ledger-Enquirer.
Os cursos em Fort Benning eram mais especializados, eles incluíam operações antidrogas, desenvolvimento de lideranças para cadetes, desenvolvimento de suboficiais e treinamento de líderes de pequenas unidades.
Washington tem usado o WHINSEC durante décadas para dar às milícias de direita ou às forças militares treinamento especializado para combater grupos comunistas e socialistas em toda a América Latina, e os graduados do programa têm sido implicados em algumas das guerras civis e golpes mais sangrentos da região, incluindo em El Salvador, Nicarágua, Peru, Argentina e Colômbia.
Ciberia // Sputnik