Revista dedica capa à jovem adolescente sueca por liderar a maior manifestação pelo clima na história da humanidade e diz que mudanças significativas raramente ocorrem sem a força mobilizadora de indivíduos influentes.
A ativista sueca Greta Thunberg, que virou o rosto de um movimento global entre jovens por uma política climática mais assertiva, foi anunciada nesta quarta-feira como a Pessoa do Ano de 2019 pela revista Time.
Saindo de uma conferência climática da ONU em Madri, Thunberg, que nesta semana foi chamada de “pirralha” por Jair Bolsonaro e lhe respondeu de forma irônica no Twitter, disse que dedica o prêmio a todos os jovens ativistas.
A sueca de 16 anos afirmou ainda estar esperançosa de que a mensagem que ela e outros ativistas tentam transmitir – de que os governos precisam aumentar drasticamente os seus esforços para combater as mudanças climáticas – está finalmente sendo transmitida.
“Por fazer soar o alarme sobre a relação predatória da humanidade com a única casa que temos, por trazer para um mundo fragmentado uma voz que transcende fundos e fronteiras, por mostrar a todos nós o que pode parecer quando uma nova geração assume a liderança”, justificou a revista.
Uma foto da ativista é a capa da mais recente edição da Time e está acompanhada da manchete “O poder da juventude“.
“A partir de agosto de 2018, ela passou dias acampando diante do Parlamento sueco, com um cartaz em que se lia: ‘Greve escolar pelo clima'”, relembra a publicação americana.
A Time recorda que a adolescente já conversou com chefes de Estado na ONU, se reuniu com o papa, discutiu com o presidente dos Estados Unidos e inspirou 4 milhões de pessoas, que se reuniram em uma paralisação global pelo clima em 20 de setembro.
“Esta foi a maior manifestação pelo clima na história da humanidade“, destacou a revista.
Greta, segundo a Time, passou de uma militante solitária com um cartaz pintado com as mãos, para uma pessoa que levou alento aos habitantes de mais de 150 países, que foram às ruas em defesa do planeta.
“As mudanças significativas raramente ocorrem sem a força mobilizadora de indivíduos influentes e, em 2019, a crise existencial da Terra encontrou uma dessas pessoas em Greta Thunberg”, diz a publicação.