O Telescópio Espacial Hubble mostra três imagens ampliadas de uma galáxia distante acoplada em um grupo de galáxias.
As imagens são produzidas por lentes gravitacionais, que produzem imagens múltiplas, estendidas e brilhantes da galáxia de fundo.
O aglomerado de galáxias, denominado SDSS J223010.47-081017.8 está localizado a sete bilhões de anos-luz da Terra, segundo a NASA.
Duas das imagens ampliadas, que aparecem no canto inferior direito da imagem, são cópias idênticas uma da outra. Estes dois ovais brilhantes são o coração da galáxia.
Este raro fenômeno ocorre quando a galáxia de fundo cria uma ondulação, região de maior inflação devido à atração de densas quantidades de matéria escura, na estrutura do espaço.
Conforme a luz da galáxia distante passa pelo aglomerado ao longo dessa ondulação, duas imagens de espelho são produzidas, junto com uma terceira imagem que pode ser vista de lado.
A terceira imagem é muito semelhante à da galáxia distante, que está localizada a mais de 11 bilhões de anos-luz de distância.
Com esta imagem, os pesquisadores determinaram que a galáxia distante parece ser uma espiral em ziguezague com formação contínua de estrelas.
Muitas destas ilusões óticas surgem quando a luz de uma galáxia distante é ampliada, esticada e distorcida ao passar por uma galáxia massiva ou aglomerado de galáxias à sua frente.
Este fenômeno permite aos astrônomos estudar galáxias muito distantes, que só podem ser vistas através do efeito de lentes gravitacionais.
Contudo, estas características confundiram os astrônomos, que levaram diversos anos para desvendar o mistério.
Com a ajuda de dois especialistas em lentes gravitacionais, os pesquisadores determinaram que os três objetos eram imagens distorcidas de uma galáxia distante e desconhecida.
A maior surpresa foi que os objetos lineares eram cópias exatas uns dos outros, um evento raro causado pelo alinhamento preciso da galáxia de fundo e seu grupo de lentes de primeiro plano.
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