Apesar de a tecnologia 5G ainda estar na infância, e fazer tudo o que a 4G consegue, parece que os investigadores estão ansiosos por olhar mais para o futuro. Mas ninguém sabe exactamente como será a 6G.
A maioria de nós ainda se lembra do barulho dos modems antigos a tentar (muito lentamente) a ligação à internet.
A tecnologia, incluindo a internet móvel e os cabos de telecomunicação que fazem a ligação à internet de casa, têm se desenvolvido rapidamente em comparação aos dias de antigamente, em que hoje levamos dispositivos nos nossos bolsos com velocidades de download exponencialmente mais rápidas.
Claro que à maneira que a velocidade dos downloads acelera, pessoas de todo o mundo ficam cada vez mais impacientes, aos ponto de que hoje em dia, enquanto esperamos que a 5G se expanda ao mundo inteiro, os investigadores de telecomunicações já começaram a falar da 6G.
A diferença entre a 5G e outras gerações
Nem é preciso dizer que a 5G faz tudo o que a 4G consegue… mas melhor. Irá trabalhar a uma velocidade mais rápida, permitindo aos utilizadores fazer o download de filmes em alta definição em apenas segundos em vez de minutos! O tempo de resposta será igualmente mais rápido.
Enquanto actualmente, o tempo de latência é aproximadamente 50 milissegundos, a 5G promete uma latência de apenas 1 milissegundo, o que coloca as redes móveis ao mesmo nível da banda larga pela primeira vez.
Mas talvez o desenvolvimento mais empolgante entre a 4G e a 6G é a sua capacidade. Tal como o barulho dos modems antigos nos soa familiar, o mesmo acontece com a experiência de realizar qualquer tarefa que utiliza dados, ao mesmo tempo que muitas outras pessoas.
Isso resume-se a redes 4G simplesmente não terem capacidade de banda larga suficiente para suportar múltiplos usuários. Com a 5G, isso não será mais um problema, com uma largura de banda mínima de 50 MHz e um máximo de 400 MHz.
Isto tudo significa que a 5 terá a capacidade de mover mais dados, ser mais ágil e conectar-se a mais dispositivos de uma só vez.
Ligar o Interruptor na 5G
Embora companhias de telecomunicações como a Samsung, LG, AT&T, Huawei e ZTE tenham anunciado que pretendem lançar redes 5G este ano, o lançamento está a acontecer mais devagar do que era esperado.
Este também é o caso na Europa, onde San Marino foi o banco de testes da 5G, e a Vodafone, EE e O2 anunciaram que pretendem começar a implantar a conectividade 5G nas principais cidades britânicas a partir do verão de 2019.
A Verizon está à frente nesta competição, tendo lançado o primeiro telefone 5G, o Moto Z3, a 3 de Abril. Contudo, a experience 5G deixa muito a desejar, com rede limitada somente em duas das maiores cidades dos Estados Unidos (Chicago e Minneapolis).
Se considerarmos que a história se repete, não podemos esperar que as redes 5G alcancem sucesso nos próximos. Apesar dos primeiros telefones 4G aparecerem nos Estados Unidos em 2010, aplicações 4G como o Snapchat, a Uber e videochamadas não se expandiram até 2013.
Talvez não seja uma grande surpresa, que o Brasil não tenha intenções de adoptar esta tecnologia até Março de 2020, uma vez que o governo tenha investimento necessário para promover.
O que é a 6G, e porque é que o mundo precisa disto?
Depois do primeiro 6G Wireless Summit no fim de Março, parece que os investigadores estão ansiosos por olhar mais para o futuro, apesar da 5G ainda estar na sua infância, e a 4G LTE ainda ser considerada a norma.
Mas, mesmo aqueles que falaram no Summit não sabem exactamente como será a 6G. Ainda para mais, assim como a 5G exigiu postes adicionais e relays de sinal cada vez mais próximos, isso significa uma mudança de equipamentos e infra-estrutura (como os cabos de telecomunicações).
O advento da 6G também deve exigir mais investimentos e adaptações para apoiar um sistema next-next-gen. A questão é, quanto apetite haverá para isso, se se seguir muito próximo do investimento na 5G?
À medida que olhamos para o futuro, os que têm palavra na tomada de decisões terão de considerar a mesma pergunta que fizeram a si mesmos (e uns aos outros) durante anos, à medida que avançamos rapidamente de 3G para 5G: Por que é que precisamos desta próxima geração em tecnologia?