Nem todos os especialistas acreditam que a criptomoeda é uma “bolha” que vai implodir, como alguns têm afirmado. Pelo contrário, muitos antecipam que a Bitcoin será a moeda do futuro.
Dentro de 5 anos as moedas “reais” não terão qualquer uso e serão substituídas pelas criptomoedas: é este o prognóstico de investidores de capital de risco que acreditam que as moedas “físicas”, como o euro, no caso da Europa, que não se baseiam no valor de metais preciosos, não terão qualquer uso dentro de cinco anos.
Apesar de alguns analistas considerarem que as criptomoedas serão mais cedo ou mais tarde regulamentadas pelos governos e deixarão de ter impacto na economia, e de notícias recentes segundo as quais a China, por exemplo, irá proibir o uso de bitcoin, há quem preveja um futuro em que todas as transações serão baseadas em criptomoeda.
“A bitcoin e outras criptomoedas serão tão relevantes que não haverá razão para ter moedas físicas na carteira”, disse o investidor em capital de risco Tim Draper durante a sua participação no Web Summit 2017, que aconteceu recentemente em Lisboa.
“Se alguém tentar usar moeda física, será alvo de piada“, sustenta Draper, conhecido por rondas de investimento bem sucedidas em empresas como a Tesla, o Skype e o Twitter.
Atualmente, a bitcoin tem uma capitalização de cerca de 96 milhões de euros. Em comparação com o valor global da moeda “real”, que ronda os 1,7 bilhão de euros, o valor da bitcoin é baixo, assinala a revista. No entanto, só em 2017, a bitcoin se valorizou em mais de 600%.
“Se falam mal de mim é porque estou no bom caminho”
Em 2014, Draper comprou 30 mil bitcoins apreendidos, por pouco mais de 500 euros cada, em um leilão realizado pelo governo dos EUA. Naquele momento, sua conversão valia menos de 18 milhões de euros. Agora, essas 30 mil criptomoedas se aproximam dos 173 milhões de euros.
As moedas estão limitadas pelas fronteiras dos países, aponta como defeito o investidor. Sobre isso, a Forbes dá como exemplo a moeda da Nigéria, Naira, que desvaloriza cerca de 30% ao cruzar a fronteira.
“Esta é a melhor tecnologia que surgiu desde a internet. É uma transformação sociológica, um movimento”, assegurou Draper, rejeitando a possibilidade do mercado das criptomoedas implodir. “Há sempre quem vá dizer que existe um problema, e isso geralmente significa que o potencial de crescimento é muito mais alto”, conclui.
Ciberia // ZAP