A imortalidade e a vida eterna são conceitos com que a humanidade atual só pode sonhar, mas o futurologista Ian Pearson acredita que a ciência conseguirá torná-las realidade até 2050.
A morte por velhice poderá brevemente ser um conceito ultrapassado. “Se tiver menos de 40 e estiver lendo este artigo, provavelmente não morrerá – a menos que tenha uma doença grave”, diz o futurologista, engenheiro e inventor Ian Pearson ao The Sun.
Parece ser uma mera ideia utópica, mas Pearson tem várias sugestões de técnicas e procedimentos que podem transformá-la em realidade.
Renovar partes do corpo
Os cientistas têm procurado, desde há algum tempo, métodos de renovação de tecidos, de órgãos e até mesmo de sistemas inteiros através da engenharia genética, o que pode prevenir, e até reverter o envelhecimento celular.
Pearson acredita que a curto prazo, graças ao uso da biotecnologia e técnicas avançadas de medicina, será possível “continuar renovando o corpo e a rejuvenescê-lo“. “Ninguém quer viver para sempre aos 95 anos de idade, mas se se puder renovar o corpo para os 29 ou 30, talvez se queira pensar nisso”, constata o cientista.
Viver dentro de um ciborgue
Outra metodologia que pode contribuir para a imortalidade passa por uma teoria da ficção científica (pelo menos, por enquanto), que prevê uma espécie de backup da mente, que seria mantido na nuvem e carregado para um corpo robótico.
Esse ciborgue poderia, em um futuro próximo, ter todas as necessidades fundamentais dos seres humanos, como comer, dormir, ir ao banheiro, entre outras, vaticina Pearson. De resto, para completar o quadro futurologista, seria possível construir um modelo de androide personalizado.
“Muito tempo antes de conseguirmos corrigir nossos corpos e de rejuvenescê-los sempre que quisermos, seremos capazes de ligar nossas mentes ao mundo das máquinas de forma tão perfeita que estaremos, efetivamente, vivendo na nuvem“, prevê o futurologista.
“A mente estará, basicamente, na nuvem e será capaz de usar qualquer androide para viver no mundo real”, acrescenta na mesma entrevista ao The Sun.
Pearson acredita que, daqui a 50 anos, será possível alugar um androide em qualquer parte do mundo “assim como se aluga um carro”, descarregando nossa mente para os seus circuitos neurais.
Em um cenário como este, mesmo que o nosso corpo morresse, continuaria sendo possível usar a mente, que estaria armazenada em um computador, e, logo, vivendo através de robôs aperfeiçoados para se parecerem com os humanos.
Pearson dá o exemplo das bonecas sexuais hiper-realistas que estão sendo desenvolvidas por algumas empresas para vaticinar que, em 30 anos, serão “extremamente semelhantes aos humanos”.
A tecnologia poderá ser aplicada ao qualquer outro tipo de robô, nota o cientista.
Imortalidade num mundo virtual
O futurologista apresenta ainda outra teoria que se baseia na ideia de se poder viver em um mundo virtual totalmente personalizado, graças a uma espécie de avatar. “Poderia ser tudo virtual, por isso, podia se ter tudo o que se quisesse”, salienta Pearson, notando que a vida seria meramente uma simulação de computador.
O cientista acredita que estes cenários serão possíveis já em 2050, mas avisa que, pelo menos inicialmente, será apenas para “os ricos e famosos”, devido aos elevados custos envolvidos. Segundo o futurologista, “os preços vão baixar gradualmente após 15 ou 20 anos” – se imaginarmos que, até lá, a humanidade inventa espaço para todo mundo viver.
Assim, quem tem “menos de 50 anos”, terá “uma boa possibilidade” de conseguir a imortalidade tecnológica prevista por Pearson, diz o cientista. Quem tem menos de 40 anos, “definitivamente terá acesso” à vida eterna, conclui.
A ideia de viver para sempre daqui a tão pouco tempo parece não ser mais que o delírio de um futurologista. Mas, como qualquer leitor de Arthur C. Clarke muito bem sabe, os delírios de alguns futurologistas têm o hábito de se tornar realidade.
Ciberia // ZAP