Se você ainda usa um computador com Windows Vista, fique atento: a partir de hoje (11), a Microsoft encerra todo o suporte ao sistema operacional.
Isso significa que a plataforma não receberá mais nenhuma atualização daqui em diante, o que inclui patches de correção e updates de segurança.
Obviamente, máquinas equipadas com o software não deixarão de funcionar, mas o usuário precisa estar ciente de que o dispositivo estará mais suscetível a falhas e vírus, uma vez que essas vulnerabilidades não serão mais consertadas.
Até as linhas de suporte técnico ao programa foram finalizadas e, além disso, o Vista não é capaz de rodar programas e aplicativos mais recentes. Ou seja, caso você não tenha atualizado seu sistema para uma versão mais atual, agora talvez seja a hora.
A boa notícia é que poucos usuários ainda têm o Vista instalado em seus PCs, então o impacto será mínimo. De acordo com a empresa NetMarketshare, em março de 2015, a plataforma respondia por menos de 2% da fatia Windows do mercado.
O último levantamento da mesma companhia constatou que, até o momento, apenas 0,72% dos usuários possuem aparelhos com o Vista. Para efeito de comparação, o Windows XP, lançado em 2001, tem quase sete vezes mais utilizadores (7,44% do total).
Um histórico conturbado
Sucessor do popular XP, o Windows Vista foi lançado oficialmente em 30 de janeiro de 2007. Foi marcado por introduzir uma nova interface visual chamada Aero, na tentativa de modernizar o design do sistema.
O problema é que os aprimoramentos exigiam um computador bem mais potente, prejudicando principalmente aqueles que já tinham o XP – este, por sua vez, exigia especificações menos robustas.
Isso desencadeou diversos problemas de atualização por incompatibilidade dos drives, e muitas máquinas que conseguiam instalar o software operavam abaixo de sua performance original.
Outro constrangimento na história do Vista aconteceu logo no lançamento: o sistema tinha nada menos do que seis edições distintas. Havia as versões Starter, Home Basic, Home Premium, Business, Enterprise e Ultimate, cada uma com recursos diferentes.
Se para as empresas já era complicado adquirir um modelo específico para seus negócios, os usuários, então, ficavam confusos sobre qual atendia melhor suas necessidades, já que a Microsoft quase não especificava quais eram as diferenças entre as versões.
Também gerou controvérsias o Controle de Conta de Usuários (UAC, no inglês). Embora o Vista tenha recebido um upgrade generoso em recursos de segurança, o UAC não foi bem aceito pelos consumidores por exigir autorização para praticamente qualquer tarefa, até as mais básicas.
Além disso, a plataforma continha um mecanismo de DRM integrado que impedia arquivos protegidos de serem copiados.
Dezenas de atualizações futuras reduziram de forma considerável o efeito dessas restrições, mas o “estrago” já estava feito, causando o baixo nível de adoção do Windows Vista – ainda maior se comparado à popularidade de seus antecessores.
Felizmente, para a Microsoft, o Windows 7 não cometeu os mesmos erros e figura até como um dos sistemas operacionais mais famosos da companhia.
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