Um estudo recentemente publicado pela ONU revela que os cidadãos alemães são os que melhor aceitam pagar taxas para financiar bens públicos. O Brasil aparece no lado oposto do ranking.
Os alemães são os que melhor aceitam o pagamento de impostos para financiar bens públicos, segundo revela um estudo publicado esta semana pela ONU. Por sua vez, os brasileiros estão entre os menos satisfeitos com a obrigatoriedade do pagamento de taxas.
A pesquisa, realizada pelo Basel Institute of Commons and Economics, na Suíça, mostrou, em uma escala de 1 a 10, o nível de aceitação dos cidadãos de 14 países em pagar impostos que, posteriormente, são convertidos em infraestruturas, saúde, educação e outros bens públicos.
Os cidadãos da Alemanha aparecem em primeiro lugar, com 7 de pontuação, sugerindo que o pagamento de impostos é feito de bom grado no país.
Atrás, aparecem o Camboja (6,7), Áustria (6,4), Kosovo (5,6), Bangladesh (5,5), Afeganistão e Paquistão (ambos com 5,2). Também foram publicados os resultados do Nepal (4,9), Bósnia-Herzegovina (4,7), Albânia (4,5), Sérvia (4,1) e Montenegro (3,9).
De acordo com a Deutsche Welle, os brasileiros surgem em penúltimo lugar, com a pontuação 3,4, ficando apenas à frente dos cidadãos da Macedônia, cujo nível de aceitação ficou nos 3,2.
O instituto suíço calculou os resultados com base em uma pesquisa realizada com mais de 16 mil entrevistados em 141 países. Os questionários foram aplicados ao longo de três anos com a ajuda de universidades e organizações não-governamentais.
Os participantes tiveram que responder, também em uma escala de 1 a 10 e levando em conta a própria opinião, o quanto os cidadãos do seu país “aceitam pagar impostos e contribuições para financiar bens públicos”. Os resultados completos do estudo, com as pontuações dos 141 países envolvidos, devem ser publicados em março.
Ciberia // ZAP
Os alemães beneficiam do pagamento dos seus impostos. No Brasil, quem beneficia não são os brasileiros que os pagam.