Um caminhão avançou sobre um mercado de Natal no centro de Berlim, deixando pelo menos nove pessoas mortas e dezenas de feridos, segundo a Polícia de Berlim.
O suspeito de dirigir o caminhão foi preso e outro homem, que seria o copiloto do veículo, foi encontrado morto, de acordo com as autoridades.
A polícia suspeita de um ataque deliberado. Um vídeo da cena mostra barracas sendo derrubadas e pessoas machucadas no chão.
O mercado fica em Breitscheidplatz, na avenida Kurfüstendamm – a principal avenida comercial do oeste da cidade.
Um repórter do jornal Berliner Morgenpost afirmou que a cena no local era “horrível”. Ambulâncias cercam o local e a polícia pediu que as pessoas fiquem em casa e evitem ir até o local do mercado
O porta-voz da chanceler Angela Merkel, Steffen Seibert afirmou, pelo Twitter, que ela está em contato com o ministro do Interior e com o prefeito de Berlim.
“Estamos de luto pelos mortos e esperamos que os feridos consigam ajuda”, escreveu.
O presidente alemão, Joachim Gauck, afirmou em um comunicado que é uma “noite terrível para Berlim e para o nosso país”.
O mercado de Natal ficava situado diante da igreja memorial Kaiser Wilhelm, que foi bombardeada na Segunda Guerra Mundial e mantida em ruínas.
“Estamos investigando se foi um ataque terrorista, mas não sabemos ainda o que estava por trás disso”, disse um porta-voz da polícia à agência de notícias AFP.
O jornal Berliner Zeitung diz que a polícia determinou um ponto de encontro para familiares das vítimas no local.
Imagens do caminhão mostram que ele foi registrado na Polônia. A imprensa polonesa diz que o veículo teria sido roubado nesta segunda-feira. Aparentemente, a empresa de frete polonesa que usa o caminhão não conseguiu entrar em contato com o motorista original, que também é polonês, desde as 16h, no horário local.
O incidente evocou lembranças do ataque de caminhão durante as comemorações do Dia da Bastilha em Nice, na França, no último mês de julho, quando 86 pessoas foram mortas. O ataque foi reivindicado pelo grupo autodenominado “Estado Islâmico”.
Uma série de ataques menores realizados por militantes alarmaram o país no início do ano.
// BBC