Os restos mortais do explorador Matthew Flinders, a primeira pessoa a circunavegar a Austrália e confirmar que é um continente, foram encontrados no cemitério St. James, adjacente à estação ferroviária de Euston, em Londres.
Os restos mortais foram identificados por arqueólogos, que encontraram um escudo de chumbo bem preservado no caixão do navegador.
A descoberta acontece no meio do trabalho de exumação de mais de 40 mil corpos que repousam no cemitério, para dar lugar à construção de uma linha férrea de alta velocidade que ligará Londres a Birmingham, de acordo com um comunicado da construtora HS2.
Embora fosse sabido que o navegador estava enterrado no cemitério, a sepultura foi perdida de vista em meados do século XIX após a expansão da estação ferroviária. Esta semana, a empresa anunciou que seu caixão foi identificado graças a um chumbo colocado no topo.
Helen Wass, arqueóloga chefe do projeto da ferrovia, disse que foi uma descoberta “realmente empolgante”, já que as probabilidades de encontrá-la eram remotas. “Tivemos muita sorte”, disse.
Os ossos de Flinders estão agora em um laboratório forense, onde os cientistas esperam poder fornecer novas informações sobre a vida marinha e a morte do expedicionário.
O capitão e cartógrafo Matthew Flinders foi o responsável por colocar a Austrália no mapa. A ele também é atribuída a popularização do nome do país, embora não tenha sido o primeiro a cunhar o termo.
Embora Flinders seja considerado por alguns australianos como um herói, tendo até direito a nomear estações, ruas e praças da Austrália, outros o consideram como um precursor da aniquilação de antigas sociedades e do povo nativo australiano.
Ciberia // ZAP