O responsável por coordenar a aplicação de testes de COVID-19 nos EUA afirmou neste domingo (2) que não há evidências de que a hidroxicloroquina seja um tratamento eficaz contra o novo coronavírus.
O secretário assistente do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, pediatra e almirante Brett Giroir disse à rede de TV NBC que não apoia a hidroxicloroquina como tratamento, já que os ensaios “não mostram nenhum benefício”.
“Precisamos seguir em frente e falar daquilo que é eficaz”, destacou Giroir, sugerindo que o medicamento, cujos testes foram interrompidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), raramente seria prescrito para os pacientes.
A afirmação confirma as alegações do Dr. Anthony Fauci, o principal especialista em doenças infecciosas do país, que também rejeitou a hidroxicloroquina como tratamento.
“A maioria dos médicos atua com base em evidências e eles não se deixarão influenciar pelo que aparece no Twitter ou em qualquer outro lugar. E a evidência científica mostra que a hidroxicloroquina não é efetiva neste momento”, acrescentou.
O presidente dos EUA, Donald Trump, promove há muito tempo o uso da hidroxicloroquina, um medicamento antimalárico, como tratamento para o coronavírus. O teste do medicamento para uso no tratamento de COVID-19, no entanto, foi suspenso por órgãos internacionais de saúde, que observaram efeitos adversos do composto nos pacientes.
Trump, em uma série de tweets e declarações nas últimas semanas, afirmou que “muitos médicos acham que a hidroxicloroquina é extremamente bem-sucedida, associada ao zinco e talvez à azitromicina”.
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