Por volta de 60% dos brasileiros dormem entre quatro e seis horas por dia. Isso coloca o país com entre os países que menos descansam no mundo. Além de causar uma grande indisposição, a falta de sono exerce efeitos nocivos para o cérebro e outras partes do corpo humano.
Adultos precisam descansar entre sete e nove horas, crianças ainda mais. O Business Insider aponta que a falta de sono contribui para o aumento de casos de câncer do colo do útero e de mama.
Tem mais, de acordo com a Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, as poucas horas de repouso causam envelhecimento precoce da pele e o cansaço aumenta a chance de vícios como o tabagismo e do ganho excessivo de peso.
Pesquisadores da Universidade de Michigan, nos EUA, acreditam que os resultados criam uma espécie de “crise de sono global”.
“A sociedade nos pressiona a ficarmos acordados até tarde, mas nosso relógio biológico tenta nos fazer acordar cedo, e, no meio disso, uma porção do sono acaba sendo sacrificada. Por isso, acreditamos que exista uma crise global de sono em curso”, explica Daniel Forger à BBC, um dos autores do estudo.
Não dá para negar a participação da globalização na ausência de sono. Por exemplo, pessoas que passam muito tempo sozinhas, tendem a dormir menos. De acordo com o Hypeness, em longo prazo, o hábito afeta a memória. Em 1924, especialistas já diziam que os que dormem mais, esquecem menos.
Trocando em miúdos, todos vamos morrer um dia, entretanto, a falta de noites de sono tranquilas podem acelerar o processo. Por isso, é importante que o sono seja priorizado e, claro, que governantes invistam em mobilidade urbana e no desenvolvimento social como um todo para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.
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