Uma empresa de engenharia e construção dos EUA diz que a Califórnia deve se preparar para lidar com o grande terremoto que “estatisticamente, está chegando”.
“A cada 20 ou 25 anos, Los Angeles tem sido atingida por um grande terremoto“, disse Mark Schaich, vice-presidente de engenharia da Alpha Structural, Inc, à CNN.
O especialista realça que se passaram 23 anos desde que, em 17 de janeiro de 1994, um terremoto de magnitude 6,7 atingiu a cidade de Northridge, pelo que é possível que um terremoto semelhante esteja à espreita.
O terremoto de magnitude 7.1, que sacudiu o México no dia 19 de setembro e as consequências devastadoras, expuseram falhas nas estruturas de muitos edifícios da capital. Sobre isso, o engenheiro disse que estão “tentando evitar” um eventual colapso dos edifícios, como aconteceu nos bairros mais atingidos pelo terremoto no país latino-americano.
Um estudo do serviço de pesquisa norte-americano US Geological Survey de 2008 sugere que existe uma probabilidade de mais de 99% de que um terremoto de magnitude igual ou superior a 6.7 atinja a área da Califórnia nos 30 anos seguintes.
Este terramoto, que ocorreria ao longo da falha de San Andreas, que atravessa cerca de 1.300 quilômetros do estado, poderia matar mais de 1.800 pessoas, deixar cerca de 53 mil pessoas desalojadas e danos em propriedades no valor de 214 bilhões de dólares, revela o relatório.
No último terremoto que a Califórnia enfrentou, em 1994, o tremor de terra foi sentido durante 10 a 20 segundos e causou a morte de 57 pessoas. Além dessas, quase 9 mil pessoas ficaram feridas e os prejuízos rondaram os 17 bilhões de euros.
Os sismologistas apontam que, em Los Angeles, o processo de modernização de edifícios com estruturas resistentes ao terremoto é lento e se espera que esteja concluído até 2022. Enquanto isso, em outras cidades do estado, como São Francisco, o processo atingiu os 99%, faltando muito pouco para a conclusão.
Outra ferramenta que pode salvar vidas e reduzir danos em caso de evento sísmico são os sistemas de alerta precoce: sismômetros terrestres capazes de detectar as segundas mudanças antes de serem percebidas em escala maior e sensores na costa oeste para captura de dados em tempo real e agir de forma mais eficaz.
Infelizmente, os Estados Unidos têm visto um desenvolvimento limitado dessas medidas e de acordo com o US Geological Survey (USGS) apenas 40% dos sensores necessários estão no solo.
Ciberia // ZAP