Quando se pensa em casas autossustentáveis, muitas vezes pode surgir a ideia de que elas não funcionam bem em cidades grandes. Mas o casal australiano Geoff Carroll e Julie Young quis desafiar esse raciocínio, e se deram muito bem com sua casa em Alexandria, na região metropolitana de Sidney.
Os dois trabalham em uma empresa que ajuda os clientes a lidar com os desafios da hiperurbanização e das mudanças climáticas, e decidiram aplicar suas preocupações com a sustentabilidade ao próprio lar. Seguindo o conselho do arquiteto contratado, da CplusC Architectural Workshop, demoliram a casa anterior e construíram uma nova do zero.
Isso porque a construção anterior, da década de 80, tinha tinha pouco espaço externo e não era muito eficiente quanto à temperatura. A nova casa conta com um jardim interno que aumenta a iluminação em vários cômodos, e o que era uma garagem para carros se transformou em jardim de permacultura.
Por lá, uma minilagoa cheia de peixes garante que o ecossistema do jardim vertical esteja sempre em ordem. O ciclo é completado pelas plantas que filtram a água. A casa conta também com um galinheiro, que faz parte de outro ciclo: o casal se alimenta de produtos colhidos na própria horta, e divide parte da comida com as galinhas, que lhes provêm ovos e fertilizam a terra.
Em declarações ao dwell, Geoff conta que Julie e ele costumam passar 10 minutos por dia cuidando das galinhas e dos peixes, e cerca de uma hora por semana acertando detalhes na horta e colhendo os alimentos frescos e prontos para consumo.
Há também uma corrente que liga a calha a um tanque que armazena a água da chuva, que é usada na lavanderia, nos banheiros e no jardim. Além disso, um sistema não-elétrico aquece a água usada na residência, e um conjunto de placas de captação de luz solar produz mais energia do que o casal costuma gastar por mês.
Geoff se diz satisfeito com o lar, e garante que cuidar de tudo dá menos trabalho do que se pode imaginar. “Um sistema bem planejado praticamente cuida de si mesmo”, conclui.
Ciberia // Hypeness