Um grupo de cervejarias decidiu interromper o patrocínio a festas universitárias “open bar” em todo o País.
A Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (Cerv Brasil), que representa a Ambev, a Brasil Kirin, o Grupo Petrópolis e a Heineken Brasil, deu início a uma campanha nacional para que os distribuidores não participem desse tipo de evento.
“Na nossa visão, isso acaba estimulando o consumo abusivo, nocivo, que o setor não quer de seus consumidores”, disse o diretor-executivo da Cerv Brasil, Paulo Petroni.
A associação também promoverá ações em diversos municípios para conscientizar distribuidores sobre o combate ao consumo de bebidas alcoólicas por adolescentes.
“A partir de agora, festas com esta característica não receberão apoio ou patrocínio por meio de fornecimento de material promocional – o que inclui mesas, cadeira, coletes, guarda-sol, etc”, diz o grupo, em nota.
“Nem mesmo poderão exibir marcas de cervejas em seu material de promoção, o que inclui flyer, convite, site e publicidade interna e externa”, acrescenta a nota.
Episódios
A realização de festas com consumo de bebida alcoólicas já foi vetada pela Universidade de São Paulo (USP) no ano passado.
Os eventos já estavam suspensos desde 2014, após a morte do estudante Victor Hugo Santos, que teve o corpo encontrado ao lado da raia olímpica da universidade. Na Faculdade de Medicina da USP, os eventos também chegaram a ser vetados após alunas denunciarem terem sido estupradas em festas em 2011 e 2013.
Em outro episódio, em março de 2015, um estudante de Engenharia Elétrica da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) morreu de coma alcoólico após participar de uma festa universitária em Bauru, no centro-oeste paulista.
// Agência BR