O vulcão Kilauea, no estado norte-americano do Havaí, não dá trégua. As fissuras abertas pelas erupções estão emitindo chamas azuis devido à presença de gás metano lançado para a atmosfera, explicou o Serviço Geológico dos Estados Unidos.
O mais recente relatório do Observatório dos Vulcões do Havaí refere que as emissões de gases vulcânicos – inclusivamente de ácido sulfúrico – triplicaram desde o início da erupção do Kilauea, isto por causa do aumento do volume de lava expelido. Além disso, o número de tremores provocados pelas erupções voltou também a aumentar.
O gás metano é produzido quando a lava muito quente chega à superfície, a uma temperatura de 1.500ºC, engolindo a vegetação que encontra pela frente.
Segundo o Observador, o metano se acumula nos espaços vazios que encontra abaixo da superfície. No entanto, o gás volta a subir quando é aquecido, pois com o calor torna-se menos denso, precisando se expandir. Quando se expande, “foge” pelas fissuras, incendiando o solo de azul.
Assim como esse solo norte-americano, o planeta Urano deve sua coloração azul à presença de metano. As moléculas do gás, quando sujeitas a radiação eletromagnética, absorvem a parte da radiação com um comprimento de onda que ronda os 600 nanômetros.
Esse comprimento de onda corresponde à cor vermelha e aos infravermelhos. Absorvido o vermelho, o metano reflete assim a radiação azul.
Ciberia // ZAP