A China está desenvolvendo o primeiro projeto de chuva artificial em grande escala do mundo, com o intuito de provocar precipitação suficiente para atingir um território maior até que o estado do Amazonas.
Esse projeto está sendo implementado nas montanhas do Tibet, onde se situa uma das reservas de água mais importantes da Ásia, que alimenta os principais rios da China, da Índia e de outros países asiáticos.
O plano da empresa estatal Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China é construir câmaras de combustão, com o intuito de levar chuva a 1,6 milhão de quilômetros quadrados, ou seja, um território pouco maior que o estado do Amazonas, anuncia o South China Morning Post.
A tecnologia já está em fase de testes e, quando concluído o projeto, será o maior sistema do mundo para provocar chuva artificial.
Nos Emirados Árabes Unidos, está sendo planejada a construção de uma montanha para provocar a queda de chuva, e é equacionado ainda rebocar iceberg da Antártida para resolver o problema da falta de água.
A própria China também tem outro projeto para “fazer chuva” numa região 10 vezes maior que Portugal, e que passa pela “inseminação” de nuvens com produtos catalisadores, para induzir a chuva sobre as províncias de Gansu, Shaanxi, Qinghai, Ningxia, Sinkiang e Mongólia Interior.
Atualmente, aviões chineses já lançam regularmente compostos químicos nas nuvens para “semear” chuva. O método é também usado como forma de filtrar o ar, devido aos elevados índices de poluição atmosférica.
Mas o projeto que está sendo desenvolvido nas montanhas do Tibet atinge proporções de grande escala. Já foram instaladas cerca de 500 câmaras de combustão, mas o objetivo é chegar às dezenas de milhares.
Essas câmaras queimam combustíveis sólidos, gerando iodeto de prata, um composto químico fundamental para a criação das partículas que formam a chuva. O vento das monções do sul da Ásia deslocará então essas partículas para o céu, formando as nuvens e provocando chuva e neve.
Provavelmente, muito mais eficaz que a famosa dança da chuva dos índios americanos.
Ciberia // ZAP