Cientistas conseguem enviar senhas seguras através do corpo humano

Mark Stone / University of Washington

As senhas passam através do corpo graças a um sistema de transmissão de baixa frequência

As senhas passam através do corpo graças a um sistema de transmissão de baixa frequência

Pesquisadores de engenharia e computação da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, conseguiram uma proeza digna dos filmes de agente secreto: enviar senhas através do corpo humano, e com segurança suficiente para que nenhum hacker intercepte o processo

Diferentemente do que ocorre quando compartilhamos ou escrevemos senhas usando a rede Wi-Fi ou a tecnologia sem fio Bluetooth, as senhas enviadas pelo corpo humano não podem ser intercetadas por hackers.

As senhas passam através do corpo graças a um sistema de transmissão de baixa frequência, gerado pelos sensores de impressão digital e touchpads presentes em vários gadgets da atualidade.

“Os sensores de digitais têm sido bastante usados como dispositivos de entrada. O legal é que mostramos, pela primeira vez, que estes sensores podem servir para enviar informações que estão confinadas dentro do próprio corpo do usuário”, revelou um dos autores do estudo, Shyam Gollakota.

Vikram Iyer / University of Washington

As possíveis aplicações incluem o envio de senhas para portas inteligentes e sensores de glucose para diabéticos

As possíveis aplicações incluem o envio de senhas para portas inteligentes e sensores de glucose para diabéticos

Este tipo de transmissões oferece um método bem mais seguro de transmitir informações autenticadas entre dispositivos, já que o sistema é capaz de criar um “link” seguro entre a superfície tocada e o dedo do usuário.

“Digamos que eu queira abrir uma porta utilizando um cadeado eletrônico inteligente”, propôs Mehrdad Hessar, coautor do trabalho.

“Basta tocar a maçaneta e o sensor de digitais no meu telefone ao mesmo tempo para transmitir minhas credenciais através do meu corpo para abri-la, sem enviar qualquer tipo de informação pelo ar”.

Até o momento, a equipe testou a nova técnica em sensores de digitais presentes em dispositivos como o iPhone. Os testes foram realizados com o auxílio de 10 pessoas diferentes, com variados pesos e alturas, e em todas as ocasiões o resultado foi bastante positivo.

O sistema, aliás, funciona quando a pessoa está se movimentando, ou movendo seus braços. O processo, então, cria um código binário para transmitir dados em uma velocidade de 25 a 50 bits por segundo.

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