Pesquisadores do Japão estabeleceram um novo recorde para a eficiência dos painéis solares produzidos em massa, o que significa que ainda mais energia solar pode agora ser convertida em eletricidade.
O registro de eficiência dos painéis solares agora está em 26,6% – quebrando o recorde anterior estabelecido em 2015.
“Melhorar a eficiência de fotoconversão de células solares de silício é crucial para promover a implantação de eletricidade renovável”, explica a equipe da empresa japonesa Kaneka. “Este resultado confirma o forte potencial dos painéis fotovoltaicos de silício”.
A pesquisa foi publicada na revista Nature Energy.
Para atingir este nível de eficiência, a equipe colocou camadas de silício dentro de células individuais para minimizar as chamadas “bandas proibidas”, onde os elétrons não podem existir e a luz solar é desperdiçada.
Outros cientistas tentaram este procedimento antes, mas os pesquisadores da Kaneko melhoraram a técnica e conseguiram atingir esse marco de 26,6%.
A equipe otimizou sua configuração colocando eletrodos de baixa resistência na parte traseira da célula, longe do lado exposto, maximizando o número de fótons que poderiam ser coletados na frente.
A coleta de fótons se tornou ainda mais eficiente através da implantação do silício amorfo e camadas anti-reflexo em cima, para proteger os componentes celulares e reduzir a quantidade de luz solar perdida.
Uso doméstico
Embora os painéis orientados para a pesquisa tenham alcançado maiores eficiências – mais de 40% em alguns casos – este é um novo recorde de painéis viáveis para uso doméstico, embora nem sempre seja fácil dizer quais tecnologias são viáveis para painéis de consumidores.
A definição do que é amigável ao consumidor está sempre mudando, à medida que os processos de produção melhoram e os custos despencam, então manter o controle pode ser complicado. Mas a conclusão é que estamos fazendo progresso.
Neste caso específico, estamos falando de células de painéis solares cristalinos baseados em silício, que têm uma eficiência teórica de cerca de 29%, com base nas melhores estimativas dos cientistas. Estas células tornaram-se o padrão da indústria graças à sua fiabilidade e relativamente baixo custo.
A equipe está agora explorando os passos práticos necessários para tornar a técnica que eles conseguiram no laboratório viável para a produção em massa, mas parece que não demorará muito para que possamos aproveitar ainda mais a energia do Sol – e isso só pode ser uma coisa boa.
// HypeScience