Cinco cientistas russos passaram as últimas duas semanas numa estação meteorológica no norte da Sibéria cercados por uma dúzia de ursos, mas conseguiram se livrar da ameaça esta quarta-feira (14) graças a um navio-almirante que passava na zona.
A estação ficou cercada por 10 ursos adultos e algumas crias, que cercaram o local desde final de agosto e mataram o cão de um cientista.
Vadim Plotnikov, o chefe da equipe, pediu ajuda às autoridades após a situação ter sido agravada pela utilização de todo o stock de sinalizadores luminosos para assustar e afastar os ursos.
De acordo com a CNN, os pesquisadores estavam na ilha Troynoy e teriam de esperar mais de um mês para serem resgatados, se não fosse a ajuda do navio Akademik Tryoshnikov que forneceu cães e mais sinalizadores luminosos para afastar os predadores.
Dado o difícil acesso à ilha, os materiais foram fornecidos através de um helicóptero.
Segundo a porta-voz da empresa responsável pela estação meteorológica, Yelena Novikova, o degelo crescente no Ártico fez com que os ursos não tivessem conseguido atravessar para outras ilhas para procurar comida, como seria habitual.
“Este ano, o gelo desapareceu mais rápido e os ursos não tiveram tempo de nadar para outras ilhas. Como ali não existe comida, foram para a estação”, afirmou, para justificar o número invulgar de ursos que cercaram os cientistas.
Os ursos polares são os maiores carnívoros terrestres, chegando a pesar 800 quilos, e estão em situação de vulnerabilidade devido à perda do seu habitat causada pelas alterações climáticas.
BZR, ZAP