A cirurgia a que o presidente Jair Bolsonaro foi submetido nesta segunda-feira (28/01) foi concluída por volta de 15h30.
O procedimento, inicialmente previsto para durar até quatro horas, se estendeu por sete. De acordo com o Palácio do Planalto, a operação foi concluída com êxito”.
O boletim médico divulgado pelo no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, informou que o presidente “o procedimento teve duração de 7 horas, ocorreu sem intercorrências e sem necessidade de transfusão de sangue”.
“No momento, o paciente encontra-se, na Unidade de Terapia Intensiva, clinicamente estável, consciente, sem dor, recebendo medidas de suporte clínico, prevenção de infecção e de trombose venosa profunda”, diz o boletim.
Bolsonaro começou a ser operado por volta de 6h30 desta segunda-feira para a retirada de uma bolsa de colostomia e “reconstrução do trânsito intestinal“. O presidente usava a bolsa desde setembro do ano passado, quando levou uma facada em um evento de campanha.
Foi a terceira vez que Bolsonaro passa por uma cirurgia desde o ataque. Desta vez, o procedimento – para retirar a bolsa e religar as partes do intestino grosso que estavam separadas – foi considerado menos arriscado que os anteriores.
Na noite de sábado, o porta-voz do Planalto, Otávio Santana do Rêgo Barros, disse que, após o procedimento, Bolsonaro ficará em repouso durante 48 horas. Neste período, ele será substituído pelo vice-presidente Hamilton Mourão, que já assumiu o cargo
Após as 48 horas, Bolsonaro, de 63 anos, deve voltar a desempenhar as atividades como presidente. No entanto, ele planeja permanecer em São Paulo por um período estimado em 10 dias.
Antes da cirurgia e já no hospital, Bolsonaro publicou um vídeo no Twitter para comentar a cirurgia. “Se Deus quiser, vai correr tudo bem”. Ele também aproveitou a ocasião para falar da agenda que cumpriu ao longo da semana, que incluiu a participação no Fórum de Davos, e um sobrevoo na região afetada pelo rompimento de uma barragem de rejeitos de minério em Minas Gerais.
Inicialmente marcada para o dia 12 de dezembro, a cirurgia foi adiada em novembro após uma série de exames que apontaram uma inflamação do peritônio e processo de aderência entre as alças intestinais. O peritônio é uma membrana que recobre a parede abdominal, incluindo o intestino grosso, região que foi afetada pela facada sofrida por Bolsonaro.
Bolsonaro foi alvo de um ataque a faca em 6 de setembro, quando participava de um ato de campanha em Juiz de Fora (MG). Após o atentado, ele fez uma cirurgia inicial na Santa Casa de Juiz de Fora e depois uma segunda, já no Einstein. Ele permaneceu três semanas internado e recebeu alta no final de setembro.
O autor do ataque, Adélio Bispo de Oliveira, de 40 anos, segue preso na penitenciária federal de segurança máxima de Campo Grande.