A cobra de duas cabeças, encontrada no jardim de uma casa no estado norte-americano da Virgínia, tinha cerca de duas semanas e apenas 15 centímetros de comprimento.
Uma mulher do estado da Virgínia, nos EUA, encontrou, na semana passada, uma surpresa nada agradável no jardim de casa: uma cobra com duas cabeças. De acordo com os especialistas, citados pelo Science Alert, essa é uma descoberta extremamente rara.
A cobra, da espécie Agkistrodon contortrix, foi encontrada no domingo (16) e removida do local para ser mantida ao cuidado de um cuidador de répteis com experiência nesse tipo de animais, até ser encontrada uma solução permanente.
As cobras de duas cabeças (bicéfalas) aparecem de tempos em tempos. A mal-formação ocorre devido ao mesmo processo que produz gêmeos siameses – um único zigoto se divide em dois, como se fosse produzir gêmeos idênticos, mas processo não chega ao fim.
Esse fenômeno na vida selvagem é “excepcionalmente raro”, escreveu o herpetólogo John D. Kleopfer no Facebook, “porque não costumam viver tanto tempo”.
Isso acontece porque as duas cabeças são capazes de controlar o corpo, o que resulta em movimentos descoordenados (como é possível verificar no vídeo abaixo), sendo não só difícil para o animal caçar suas presas como também acaba tornando-o uma presa fácil.
No entanto, quando estão ao cuidado de herpetólogos em museus ou jardins zoológicos, ou seja, fechadas em espaços seguros e com alimento fácil, as cobras bicéfalas podem viver durante muito tempo.
A cobra recentemente descoberta é, sem surpresa, um espécime bastante novo – tinha cerca de duas semanas quando foi encontrada e apenas 15 centímetros de comprimento. Provavelmente, adianta o mesmo site, se alimentava de insetos.
Por enquanto, esse pequeno réptil está bem de saúde e, com sorte, poderá ser exposta em um zoológico. “Graças ao Centro de Vida Selvagem da Virgínia, fomos capazes de determinar que a cabeça esquerda tem o esôfago dominante e a direita tem a garganta mais desenvolvida para comer”, escreveu ainda Kleopfer.
“Com um pouco de sorte e cuidado, esperamos poder doá-la a um zoológico para ser exibida”, conclui.
Ciberia // ZAP