Um verme que foi ao espaço e voltou cresceu com duas cabeças depois de ter sido amputado pelos cientistas do Centro de Descobertas Allen, da Universidade Tufts, em Medfor, Massachussets.
Segundo o estudo publicado na revista Regeneration, vários vermes passaram cinco semanas na Estação Espacial Internacional e, quando voltaram para a Terra, sofreram uma amputação da cauda e da cabeça.
Os vermes foram observados durante 20 meses e um dos 15 indivíduos amputados desenvolveu duas cabeças a partir do núcleo central do corpo. Para confirmarem o que estava acontecendo, os especialistas amputaram novamente o verme e, mais uma vez, observaram a criação de duas cabeças.
Os cientistas pretendiam determinar como a microgravidade e o campo geomagnético enfraquecido afeta o crescimento e a regeneração dos platelmintes Dugesia japonica, e se as mudanças persistem depois de o verme regressar à Terra.
Os platelmintes são usados frequentemente em estudos devido à habilidade de regenerar partes do corpo que são amputadas. Além disso, esta espécie de verme é simétrica – o lado esquerdo é igual ao direito e não existe separação entre a cabeça e o resto do corpo.
De acordo com os especialistas, o conhecimento sobre o comportamento destes vermes no espaço pode ajudar a compreender como as forças físicas influenciam o formato do corpo e as células.
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