De olho na reeleição, Trump reduz cota para refugiados em 2021

Chris Kleponis / EPA POOL

O governo do presidente Donald Trump anunciou nesta quarta-feira (30) uma nova redução da cota de refugiados admitidos nos Estados Unidos. O número será limitado a 15.000 pessoas em 2021. A medida visa conquistar o eleitorado conservador antes das eleições presidenciais, marcadas para 3 de novembro.

Nos próximos 12 meses, 15.000 refugiados poderão ser admitidos no país, 3.000 a menos em relação aos 18.000 que tiveram a entrada autorizada no país em 2020. Esta é a menor cota já estabelecida pelo governo americano nos últimos anos. A título de comparação, 100.000 pessoas foram recebidas anualmente durante a administração do presidente anterior, Barack Obama.

O candidato democrata à Casa Branca e ex-vice-presidente, Joe Biden, prometeu aumentar essa cota para 125.000 se eleito. De acordo com ele, receber imigrantes que são alvo de perseguições políticas é coerente com os valores americanos. Já a campanha eleitoral de Trump, que tenta sua reeeleição, inclui a divulgação de spots publicitários afirmando que a posição de Biden é “fraca” e o democrata autorizaria a entrada de “pessoas perigosas” no país.

O atual chefe da Casa Branca, que transformou a luta contra a migração em uma de suas prioridades, já suspendeu as admissões de refugiados durante meses em 2020, utilizando como pretexto a pandemia de Covid-19. Ao apresentar a medida, o Departamento de Estado argumentou que Washington busca ajudar os refugiados “o mais próximo possível de suas casas”, para que possam retornar ao país de origem.

“Ao nos concentrarmos em primeiro lugar em acabar com os conflitos que provocam os deslocamentos, e em fornecer ajuda humanitária no exterior para proteger e ajudar as pessoas deslocadas, podemos prevenir os efeitos desestabilizadores dos deslocamentos nos países afetados e em seus vizinhos”, afirmou o governo americano em um comunicado.

Solução diplomática na Venezuela

O Departamento de Estado mencionou a necessidade de uma “solução diplomática” na Venezuela, onde Washington tenta retirar do poder o presidente Nicolás Maduro, por considerar fraudulenta sua reeleição em 2018.

Quase cinco milhões de venezuelanos fugiram do país desde 2015 devido à crise política e econômica.

Em uma viagem pela América do Sul na semana passada, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, visitou refugiados venezuelanos e elogiou o fato de que Colômbia e Brasil recebam estas pessoas. Durantes anos, os Estados Unidos receberam mais refugiados do que todos os outros países do bloco juntos, mas o Canadá ultrapassou esse recorde no ano passado, acolhendo mais de 30.000 imigrantes, segundo a ONU.

// RFI

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