Nesta terça-feira (24), Donald Trump voltou a permitir a entrada de refugiados nos Estados Unidos. No entanto, a interdição se mantém para cidadãos de 11 países que a administração não quis identificar.
De acordo com o Jornal de Notícias, a ordem de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, permite que os refugiados “qualificados e cujo histórico tenha sido adequadamente revisto” possam retomar suas viagens aos EUA, concluindo que o “secretário de Segurança Nacional pode voltar a tramitar as solicitações para a relocalização de refugiados”.
A ordem de Trump, no entanto, continua a colocar entraves sobre a entrada dos refugiados no país provenientes de 11 países ainda não identificados, que apenas poderão entrar nos Estados Unidos em casos excepcionais e durante 90 dias, enquanto o governo norte-americano revê o estatuto dessas nações.
O novo decreto substitui o que tinha sido emitido em março e que só entrou em vigor em junho, que proibia a entrada de refugiados no país por 120 dias. O prazo terminou nesta quarta-feira (25) e Donald Trump não decidiu prolongá-lo.
Essa paralisação temporal tinha como objetivo dar tempo aos Departamentos de Estado, Segurança Nacional e ao Gabinete do Diretor Nacional de Informações para que fizessem uma revisão do processo de entrada de refugiados nos Estados Unidos. Também visava identificar formas de reforçar as medidas de segurança necessárias.
O retomar da entrada de refugiados, escreveu Trump no novo decreto, “é coerente com a segurança e o bem-estar dos Estados Unidos“, mas deu instruções à equipe para reforçar o processo de revisão dos pedidos de asilo.
Em comunicado, o Departamento de Estado esclareceu que vai iniciar uma “revisão adicional, em profundidade, sobre os refugiados provenientes de 11 nacionalidades identificadas previamente como as que poderiam representar um risco maior para os Estados Unidos”.
O governo norte-americano não vai identificar essas 11 nações, por considerar que isso pode dificultar suas operações de “aplicação da lei”, indicou aos jornalistas uma funcionária que pediu o anonimato.
Ciberia // ZAP