A desembargadora Marília Castro Neves escreveu uma mensagem para pedir desculpas à memória da socióloga e vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e à professora Debora Seabra, por ataques publicados em suas redes sociais.
Ela disse que Marielle teria ligações com bandidos do Comando Vermelho. Em relação à professora, ela menosprezou sua capacidade de exercer seu ofício, segundo informações do jornal O Globo.
Em seu perfil no Facebook, Marília publicou uma mensagem em que assumiu ter errado. Ela começou os pedidos de perdão com um trecho dedicado a Débora Seabra, do Rio Grande do Norte, primeira professora brasileira com Down, que, após ser criticada pela magistrada, lhe escreveu uma carta de resposta.
“Estou escrevendo para agradecer a carta que você me mandou e lhe dizer que suas palavras me fizeram refletir muito. Bem mais do que as centenas de ataques que recebi nas últimas semanas”, diz no texto.
A desembargadora, na mesma publicação, também endereça uma mensagem à família de Marielle Franco, assassinada juntamente com seu motorista, Anderson Gomes, no dia 14 de março. Ela afirmou: “aproveito o ensejo para também me desculpar à memória (sic) da vereadora”. Marília reconheceu que reproduziu, “sem checar a veracidade, informações que circulavam na internet”.
“No afã de rebater insinuações, também sem provas, na rede social de um colega aposentado, de que os autores seriam policiais militares ou soldados do Exército, perdi a oportunidade de permanecer calada. Nesses tempos de fake news, temos que ser cuidadosos”, concluiu.
Ciberia // Revista Fórum