Destroços de porta-aviões dos EUA afundado na Segunda Guerra são encontrados na Austrália

Os destroços do USS Lexington, um porta-aviões norte-americano da Segunda Guerra Mundial bombardeado pelos japoneses no mar de Coral em 1942, foram localizados ao largo da costa leste da Austrália, por uma equipe do cofundador da Microsoft, Paul Allen.

O que ainda resta do porta-aviões USS Lexington foi descoberto neste domingo (4) pelo barco de pesquisa do multimilionário Paul Allen, o Research Vessel Petrel, a cerca de 800 quilômetros ao largo da costa leste da Austrália.

Os destroços se encontravam a 3 mil metros de profundidade. A equipe do fundador da Microsoft divulgou fotografias e vídeos que mostram os restos da embarcação. O USS Lexington foi um dos primeiros de uma longa linha de porta-aviões, com carcaças de aviões particularmente bem preservadas, apesar de estarem há 76 anos no fundo do mar.

“Com base na geografia, na época do ano e em outros fatores relevantes, eu e Paul Allen trabalhamos para determinar quais as missões que merecem ser realizadas”, explicou Robert Kraft, diretor de operações submarinas.

Para Kraft, o USS Lexington era uma prioridade. “Planejamos localizar o Lexington durante cerca de seis meses”, adiantou ao Business Insider.

As expedições lideradas por Allen resultaram também na descoberta do USS Ward, do USS Astoria, do navio de guerra japonês Musashi, do navio italiano da Segunda Guerra Mundial Artigliere e do USS Indianapolis.

Os destroços deste último foram localizados no fundo do Pacífico Norte, a mais de 5,5 mil metros de profundidade. O USS Indianapolis foi o navio cruzador da Segunda Guerra Mundial que desempenhou um importante papel no bombardeamento atômico de Hiroshima, antes de ser torpedeado por um submarino japonês.

Paul Allen foi fundador da Microsoft, em parceria com Bill Gates. O bilionário da Microsoft desenvolveu ainda o maior avião do mundo. A aeronave, que foi criada com o objetivo de ser lançada ao espaço, tem características técnicas que lhe permitem transportar cargas de até 250 toneladas.

Além disso, informa o Público, Allen irá investir mais 125 milhões de dólares nos próximos três anos para equipar máquinas com senso comum. O objetivo é garantir que a inteligência artificial sabe que não se deve virar um copo cheio de água ao contrário (a não ser para jogá-la fora), por exemplo.

No USS Lexington estavam, no total, 35 dispositivos embarcados, dos quais a equipe de Paul Allen disse ter avistado 11. Em uma das fotografias, é possível observar um desenho do Gato Félix e, ao lado, quatro bandeiras japonesas que assinalam, provavelmente, o número de aviões inimigos abatidos.

O Lexington, carinhosamente apelidado de “Lady Lex“, ficou muito danificado após a batalha do mar de Coral, ocorrida entre 4 e 8 de maio de 1942 – a primeira entre porta-aviões, através dos respectivos aviões.

Os norte-americanos decidiram então afundá-lo no fim da batalha, que custou a vida a mais de 200 membros da tripulação. Segundo o Jornal de Notícias, os sobreviventes foram transferidos para outras embarcações ainda antes do afundamento.

A batalha do mar de Coral é considerada uma vitória estratégica para os Estados Unidos porque obrigou, pela primeira vez, o império japonês a travar sua expansão.

O pai do almirante Harry Harris foi um dos combatentes retirados do “Lady Lex”. O almirante, que deverá se tornar embaixador dos Estados Unidos na Austrália, prestou homenagem à tripulação do navio de guerra.

“Homenageamos a coragem e os sacrifícios dos marinheiros do Lady Lex e de todos aqueles que combateram durante a Segunda Guerra Mundial, continuando a garantir a liberdade que eles defenderam para todos nós”, declarou.

Ciberia // ZAP

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