Mais de 40 anos depois da guerra, o USS Carl Vison chega ao Vietnã para enviar uma mensagem à China, depois de o país ter anunciado um Orçamento de Defesa para 2018 na ordem dos 142 bilhões de euros.
Nesta segunda-feira (5), o porta-aviões norte-americano USS Carl Vinson irá se tornar o primeiro navio dos Estados Unidos deste tipo a atracar no Vietnã desde a guerra que opôs o país aos EUA.
O porta-aviões, movido a energia nuclear, irá atracar na cidade portuária de Danang, na qual as primeiras tropas de combate norte-americanas desembarcaram com o objetivo de dar início à guerra no Vietnã, que decorreu entre o fim dos anos 50 e 1975.
A chegada do porta-aviões USS Carl Vinson ao Vietnã foi acordada entre o chefe do Pentágono James Mattis e o ministro da Defesa do Vietnã, Ngo Xuan Lich, durante a visita de Mattis ao país asiático em janeiro.
Tanto a visita como o porto são altamente simbólicos, explica o Expresso, dado que acontecem em uma época em que os EUA tentam reforçar as relações militares com o antigo rival e a hegemonia chinesa é crescente.
De acordo com os analistas, o envio do USS Carl Vinson serve, acima de tudo, para enviar uma mensagem à China perante suas crescentes aspirações expansionistas no Mar do Sul da China.
A chegada no navio quase coincidiu com o anúncio de que o Orçamento de Defesa de Pequim para 2018 irá se situar nos 1,1 trilhão de yuan, cerca de 142 bilhões de euros – 8% a mais que no ano passado.
Embora a cooperação entre norte-americanos e vietnamitas tenha crescido, é na China que o país asiático tem seu principal parceiro de trocas. Desta forma, o acolhimento do Carl Vinson por parte do Vietnã é uma jogada arriscada, já que pode ser considerada uma provocação e pôr em causa a sua relação com a China.
Segundo o jornal, a China tem reclamado soberania sobre grande parte do Mar do Sul da China. Além disso, tem construído ilhas artificiais nesse corredor marítimo para defender o que diz ser seu território.
Ciberia // ZAP