As dunas na superfície árida do Planeta Vermelho não são uma novidade, mas há uma em especial que tem chamado a atenção dos astrônomos da NASA.
A duna, localizada na cratera Lyot, tem uma coloração azul turquesa que destoa do resto da paisagem marciana, que é cinza alaranjada. Ainda não existe uma explicação para a formação, porém, os cientistas acreditam que a duna seja composta por materiais finos.
A imagem foi captada pela câmera High Resolution Imaging Science Experiment (HiRISE), da NASA, a bordo da sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO). Embora a foto tenha sido tirada em 24 de janeiro, só foi divulgada esta semana no site da agência espacial.
A HiRISE é descrita como “a câmera fotográfica mais poderosa já enviada a outro planeta”.
Na realidade, Alfred McEwen, diretor do Planetary Image Research Laboratory, na Universidade do Arizona, explicou à CNN que a duna é cinzenta, embora pareça azul na imagem fotografada. Foi essa a conclusão dos cientistas depois de um longo trabalho de edição das imagens captadas.
Se estivéssemos em Marte e víssemos a duna a olho nu, veríamos uma mancha cinzenta no solo do Planeta Vermelho, conhecido pela cor quente das suas rochas e areais.
Segundo explica o Diário de Notícias, a câmera consegue captar mais detalhes, mas seu trabalho é dificultado pela quantidade de poeira que existe no planeta.
A HiRISE captou três imagens em que as cores são ajustadas para vermelho, azul e verde, com recurso a tecnologia de infravermelhos.
A magia acontece quando o contraste foi aumentado: a duna ganhou uma tonalidade turquesa forte por ser composta por “um material mais fino” e/ou ter “uma composição diferente do que a rodeia”, lê-se no comunicado da NASA.
A duna foi descoberta na cratera Lyot, batizada e homenagem ao astrônomo francês Barnard Lyot. A cratera é uma importante formação geológica por ser o ponto mais profundo do hemisfério norte do Planeta Vermelho.
A cratera Lyot tem cerca de 145 quilômetros de diâmetro e foi formada graças a um choque de um grande meteoro, há cerca de 3,5 bilhões de anos.
Ciberia // ZAP