Você já deve ter ouvido falar sobre um grupo de pessoas que defendem a instauração da monarquia no Brasil. Até o momento o debate estava restrito aos grupos de Facebook ou WhatsApp. Entretanto, agora, um projeto de lei de Rondônia quer obrigar as escolas do Estado a hastear a bandeira imperial.
A lei é de autoria do deputado Eurípedes Clemente (MDB), conhecido por Lebrão, que mesmo se dizendo “apenas um simpatizante” do período, diz que seu gabinete é formado por “monarquistas de carteirinha”.
Quase 130 anos depois do fim da monarquia, ao lado dos pedidos por intervenção militar, o fetiche monárquico vem ganhando adeptos, principalmente entre os jovens. Os monarquistas, como são conhecidos, estão inclusive se mobilizando para o financiamento de uma viagem dos herdeiros da família imperial pelo país.
A ideia é arcar com os R$ 7 mil necessários para a excursão do casal dom Antônio de Orleans e Bragança, o terceiro na linha de sucessão imperial e dona Christine.
Porém, a empolgação pela volta da monarquia parece não ter contagiado a população. Em Rondônia, por exemplo, quase ninguém sabe sobre a lei do deputado Lebrão, como é conhecido em função do que chama de “orelhas bonitas”. “Nunca falaram nada”, disse ao BuzzFedd News o diretor da Escola Municipal Maria Casaroto Abati, em Porto Velho.
Segundo especialistas ouvidos pelo próprio BuzzFeed, a ação do deputado Lebrão é ilegal, pois a Bandeira Imperial não é um símbolo nacional. Os símbolos regidos pela lei 5.700/71 são a Bandeira Nacional, Selo Nacional, Armas Nacionais e o Hino Nacional.
“Eu entendo como propaganda e o próprio autor [Lebrão] diz isso quando fala que é um simpatizante da monarquia”, diz o advogado Fabio Konder, que enxerga também uma “ilegalidade flagrante” na medida.
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