Da mesquita al Nouri de Mossul, no Iraque, restam agora apenas ruínas. As forças iraquianas confirmaram que o Estado Islâmico (EI) explodiu a mesquita medieval, esta quarta-feira (21). Foi nessa mesma mesquita que Abou Bakr al-Baghdadi proclamou, em 2014, o califado.
A destruição da mesquita ocorreu na quarta-feira à noite, no quarto dia da ofensiva do exército iraquiano, apoiado pela coligação internacional para desalojar os combatentes EI dos últimos quilômetros do centro histórico.
Os últimos, mas não os mais fáceis. Os jihadistas estão entrincheirados em ruelas estreitas e teriam espalhado minas por todo o lado. Nesta zona da cidade estão ainda encurralados 100 mil civis.
“As nossas forças avançavam em direção aos alvos, na zona histórica de Mossul. Quando estavam a 50 metros da mesquita, o Estado Islâmico cometeu outro crime histórico ao explodir as mesquitas de Nuri e de Hadba”, informou o comandante da ofensiva de Mossul, o general Abdulamir Yarallah, em comunicado.
Em visita a um dos mercados em uma área já libertada da cidade, o general Rupert Jones, comandante adjunto da coligação internacional, disse que o fim do Estado Islâmico está próximo.
“O Estado Islâmico é um inimigo sem humanidade, é um inimigo que não respeita ninguém, se contenta em assassinar civis em grande número. Eles estão desesperados e estão recorrendo a medidas desesperadas. Sabem que o fim está próximo“, afirmou o comandante.
A reconquista de Mossul é um símbolo importante do fim do lado iraquiano do califado, ainda que os combates continuem a sul e a ocidente da cidade.
// ZAP