O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) usou um drone para derrubar uma granada no telhado do edifício onde as forças policiais iraquianas estavam abrigadas, em Mossul,a terceira maior cidade do Iraque.
De acordo com um oficial local, ninguém foi ferido durante o ataque, mas o incidente representa uma nova escalada no uso de drones comerciais como armas.
O EI já armadilhou diversos eletrodomésticos e carros para transformá-los em bombas para suicidas. No entanto, parece que agora eles descobriram que os drones de US$ 1.000 utilizados para espionar seus inimigos também têm potencial para se tornarem armas de guerra.
O tenente-coronel iraquiano Hussein Moayyad disse que já foram registrados três incidentes utilizando este tipo de veículo aéreo não tripulado. No caso da granada, eles armam o artefato explosivo de modo que o pino seja puxado durante a queda livre, assim que o dispositivo for descartado do drone.
Embora esse ataque seja eficaz, os drones já mostraram seus poderes mortais antes. No mês passado, por exemplo, um modelo recheado de explosivos foi abatido e matou dois soldados iraquianos e feriu dois franceses. A explosão aconteceu após os oficiais levarem o veículo aéreo para o acampamento, a fim de inspecioná-lo após a derrubada.
Apesar do uso maligno dos drones por parte dos terroristas, a polícia do Iraque possui modelos superiores, que custam em torno de US$ 26 mil e possuem poder de ataque mais amplo. No entanto, o grande temor é que o EI tenha acesso a drones maiores e, quem sabe, até mesmo consigam adaptá-los para o uso de armas químicas.
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