A Casa Branca garantiu que 1.820 crianças separadas dos pais na fronteira com o México foram entregues aos responsáveis até esta quinta-feira (26), no limite do prazo exigido ao governo para reunir 2.500 famílias.
Cerca de 700 crianças continuam separadas das famílias, incluindo mais de 400 cujos pais foram deportados, de acordo com as autoridades.
No final do mês passado, o juiz Dana Sabraw, do tribunal federal de San Diego, ordenou que o governo reunisse os milhares de crianças e pais que foram forçados a se separarem na fronteira devido à política de “tolerância zero” da administração do presidente Donald Trump.
Na ocasião, o juiz estabeleceu o prazo de 10 de julho para crianças menores de 5 anos e deu ao governo até 26 de julho – nesta quint – para reunir mais de 2.500 jovens com idades entre 5 e 17 anos.
A administração Trump insistiu que cumpriria o prazo do tribunal, reunindo todas as famílias que considerava elegíveis para a reunificação.
Ao longo de todo o processo de reunificação o “objetivo tem sido o bem-estar das crianças, e devolvê-las a um ambiente seguro”, afirmaram, em comunicado, as autoridades norte-americanas, acrescentando que se mantêm ainda vários obstáculos em toda a missão, que não é abordada pelo governo “de forma leve”.
Até esta quinta, o governo garantiu ter entregado 1.442 crianças (com 5 anos ou mais) aos pais sob custódia dos serviços de imigração norte-americanos. Outras 378 foram já entregues aos pais ou a outros responsáveis, na maioria dos casos familiares, em diferentes locais nos EUA.
A política de “tolerância zero” levou à separação de cerca de 2.500 crianças e dos seus familiares na fronteira do país com o México entre 5 de maio e 9 de junho.
A medida gerou indignação nos Estados Unidos e no exterior. Frente às duras críticas, Trump assinou em junho uma ordem executiva para impedir que crianças fossem separadas de seus familiares na fronteira com o México.
Ciberia // Deutsche Welle / ZAP