Os Estados Unidos ordenaram a mobilização de porta-aviões USS Carl Vinson para águas perto da Coreia do Norte, como resposta aos vários testes de mísseis de Pyongyang, informa o canal norte-americano CNN.
Fontes do Pentágono confirmaram ontem à CNN que o almirante Harry Harris, chefe do Comando do Pacífico, ordenou a mobilização do porta-aviões da classe Nimitz e de toda a sua frota de ataque para águas próximas da península coreana.
O supercarrier USS Carl Vinson, da Terceira Frota da Marinha norte-americana, estacionada no Pacífico Oriental, suspendeu uma visita prevista à Austrália e regressou a águas próximas da península coreana, onde já esteve há cerca de um mês para participar em manobras militares anuais com a Coreia do Sul.
Além do USS Carl Vinson, a esquadrilha do porta-aviões inclui dois contra-torpedeiros e um cruzador de mísseis guiados capazes de interceptar mísseis balísticos.
Fontes da Defesa asseguraram que o movimento é uma resposta às novas provocações do regime comunista da Coreia do Norte, que recentemente realizou um teste de um míssil de médio alcance e fez testes com motores de mísseis.
O USS Carl Vinson, um dos dez porta-aviões norte-americanos em atividade atualmente, é um supercarrier de propulsão nuclear classe Nimitz. Construído em 1980, tem 332m de comprimento e 76,8 de largura, transporta até 90 aeronaves e uma tripulação de 5.680 homens.
Com a alcunha de “Gold Eagle”, participou em todas as campanhas militares norte-americanas no extremo-oriente, e ficou conhecido por ter sido a embarcação em que o corpo de Osama Bin-Laden foi transportado e sepultado no mar, após a operação dos Navy Seals em que o lider da Al-aqeda foi abatido.
A mudança de rumo do USS Carl Vinson acontece depois de o presidente norte-americano, Donald Trump, ter se reunido com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, para discutir a necessidade de evitar novas provocações de Pyongyang, aliado de Pequim, na semana passada.
Também esta semana, o Conselho de Segurança Nacional dos EUA apresentou ao presidente norte-americano um relatório sobre possíveis variantes de resposta à ameaça vinda da Coreia do Norte, incluindo planos para instalar armas nucleares na Coreia do sul ou a eliminação do líder norte-coreano, Kim Jong-un.
Segundo a NBC News, o plano será implementado no caso de a cooperação de Washington com Pequim para contenção da Coreia do Norte não funcionar. Caso esses esforços não tenham resultados, disse Donald Trump esta segunda-feira, os Estados Unidos estão dispostos a agir sozinhos.
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