O Departamento de Estado dos Estados Unidos homenageou nesta terça-feira (27) o jornalista brasileiro Leonardo Sakamoto, pela atuação no combate ao trabalho forçado, e mais sete pessoas, em uma cerimônia para apresentar o relatório sobre tráfico de pessoas.
O governo elabora anualmente o relatório e foi liderado pelo secretário de Estado americano, Rex Tillerson, e a filha e assessora do presidente americano, Donald Trump, Ivanka Trump.
O órgão destacou que Sakamoto criou a ONG Repórter Brasil, dedicada a “supervisionar e combater o trabalho escravo” e que ajudou a melhorar a educação a respeito do tema.
A organização coordena o programa educativo “Escravo, nem pensar!”, que tenta conscientizar os brasileiros sobre a escravidão moderna e “dá apoio técnico e financeiro a comunidades vulneráveis”.
De acordo com a nota do Departamento de Estado americano, a plataforma, que tem abrangência nacional, já beneficiou mais “de 200 mil pessoas” no país.
“Sob a liderança de Sakamoto, a Repórter Brasil também participou da criação do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, um acordo que une 400 empresas comprometidas em combater o trabalho forçado”, destacou o Departamento no texto.
Sakamoto também criou a “Lista Suja”, que reúne empregadores flagrados com trabalhadores em situação análoga à escravidão na sua cadeia produtiva, segundo a nota.
Chamados “Heróis contra o tráfico de pessoas”, os oito receberam um diploma e fizeram fotos com Tillerson e Ivanka.
Além de Sakamoto, foram homenageados Amina Oufroukhi, juíza do Marrocos que contribuiu na aprovação de uma lei contra o tráfico de pessoas em 2016; Vanaja Josephine, ativista de Camarões; Viktoria Sebhelyi, ativista na Hungria; Alika Kinán, vítima de exploração sexual na Argentina; Mahesh Bhagwat, policial na Índia; Allison Lee, sindicalista de Taiwan; e Boom Mosby, ativista contra a exploração infantil na Tailândia.
// EFE