O tempo em que os ataques de veículos aéreos não tripulados eram coisa de ficção científica já passou. O Ministério da Defesa russo confirmou que suas bases na Síria foram bombardeadas por drones caseiros de inimigos não identificados.
Esta foi a primeira vez que drones guiados por GPS foram utilizados para um ataque militar, mas certamente não será a última.
O ataque confirmado pelo Ministério da Defesa da Rússia ocorreu no dia 5 de janeiro, realizado por 13 pequenos drones, que visaram dois locais de defesa russos diferentes na Síria: a Base Aérea de Khmeimim e uma base naval no porto de Tartus.
Seis dos drones foram interceptados por unidades de guerra eletrônica russas – três foram capturados e três explodiram em contato com o solo. Outros sete foram “eliminados” por mísseis antiaéreos Pantsir-S, disparados pela defesa russa.
Não houve casualidades ou danos. Mas os perigos imediatos e futuros são evidentes.
Ao examinar os drones capturados, os militares russos descobriram que eles foram grosseiramente montados e que carregavam bombas feitas localmente sobre as asas.
As fotografias dos veículos aéreos divulgadas pelo Ministério de Defesa da Rússia passam a impressão de que não eram potentes. Mas a análise efetuada revelou que foram lançados a partir de um local a mais de 50 quilômetros de distância dos seus alvos, navegando via GPS e sensores de controle de altitude.
Um exame técnico indicou que os drones teriam uma faixa de ataque efetiva de cerca de 100 quilômetros, o que é aterrorizante. Isto significa que locais que podem parecer imunes a bombardeios estão, nesta nova era tecnológica, expostos.
Embora o uso deste tipo de veículo em cenários de guerra não seja novo, um ataque como este sofrido pelas bases russas na Síria é inédito. Ainda não se sabe quem está por trás dos explosivos, uma vez que nenhum grupo assumiu responsabilidade pelo ataque.
No entanto, de acordo com o portal Science Alert, os russos insinuaram que a tecnologia utilizada era muito avançada para militantes locais, o que pode ser interpretado como uma sugestão de que tiveram ajuda das forças norte-americanas nas proximidades, algo que o Pentágono diz que é “absolutamente falso”.
Há muitos dados sobre este incidente que ainda não estão claros, mas podemos ter a certeza de que este “avanço” pode abrir um novo capítulo no livro dos combates militares, com um final potencialmente sombrio.
Ciberia // Hypescience