Pelo menos 58 pessoas – entre elas 11 crianças – morreram e dezenas ficaram feridas nesta terça-feira (4) em um suposto bombardeio químico na cidade de Khan Shijun, no sul da província de Idlib, no norte da Síria, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
A ONG, que citou fontes médicas e ativistas, informou que alguns dos feridos no ataque realizado por aviões não identificados apresentavam sintomas de asfixia, vômito e dificuldades para respirar. O OSDH não descartou que o número de mortes aumente porque há feridos em estado grave.
A Defesa Civil Síria em Idlib, integrada por voluntários que prestam trabalhos de resgate em áreas fora do controle do governo, informou em sua página do Facebook que, por enquanto, os médicos não puderam identificar o tipo de gás utilizado no ataque a Khan Shijun.
De acordo com os dados da Defesa Civil Síria, cujos ativistas também são conhecidos como “capacetes brancos”, o número de vítimas chega a 50 mortos e 250 feridos, a maioria deles menores e mulheres. A nota destacou que alguns feridos apresentavam espasmos e espumavam pela boca.
O diretor do Centro de Informação de Idlib, que faz oposição ao regime, Obeida Fadel, acusou aviões de guerra das forças governamentais sírias de terem realizado o ataque em Khan Shijun.
Em conversa telefônica com a Agência Efe, Fadel afirmou que as aeronaves eram de tipo Sukhoi 22 e bombardearam bairros residenciais de Khan Shijun com projéteis que continham gás sarin. “Pouco depois do ataque, começou a se expandir um cheiro de gás pela cidade”, acrescentou Fadel.
O ativista indicou que Khan Shijun é uma cidade de 75 mil habitantes, muitos deles deslocados procedentes da província vizinha de Hama, que está sob o controle do Exército Livre Sírio (ELS).
O Conselho Local de Khan Shijun publicou em sua página do Facebook fotografias de vários afetados pelo ataque, alguns menores de idade, que não se sabe se estavam mortos ou feridos, todos estendidos em uma rua após o ataque.
Nos últimos dias, foram registrados vários supostos bombardeios com gases no norte da Síria.
Ciberia // EFE