Telescópios capazes de enxergar exoplanetas donos de atmosfera rica em oxigênio, ou seja, semelhante à da Terra, podem surgir em 10 anos, afirmou professor russo.
O professor Sergei Popov, do Instituto Astronômico Sternberg da Universidade Estatal de Moscou Lomonosov, afirmou ao canal Rossiya 24 que cientistas estão esperando o aparecimento de telescópios de última geração com novos dispositivos que irão melhorar demais as capacidades dos pesquisadores.
“Estamos esperando uma nova geração de telescópios, com novos dispositivos, que, se tudo estiver bem, daqui a 10 anos, até o final de 2020, devem nos dizer se há ou não, por exemplo, nas zonas de planetas habitáveis uns que sejam semelhantes ao planeta Terra, com atmosfera de oxigênio”, disse Popov, comentando o Prêmio Nobel de Física.
O Prêmio Nobel de Física de 2019 foi dado ao americano James Peebles e aos suíços Didier Queloz e Michel Mayor por seu trabalho em astronomia e astrofísica.
De acordo com um comunicado de imprensa do Comitê Nobel, Peebles recebeu o prêmio “pelas descobertas teóricas em cosmologia física“, e Mayor e Queloz receberam o prêmio “pela descoberta de exoplaneta orbitando uma estrela como o Sol”.
De acordo com o professor Eduard Devyatov, vice-diretor do Instituto de Física do Estado Sólido da Academia de Ciências da Rússia, se o planeta tiver uma atmosfera, então a radiação visível passa por ela dificilmente, então precisamos desenvolver sensores que funcionam com outros comprimentos de onda.
Segundo o professor Devyatov, surgimento de tais sensores pode estimular desenvolvimentos no campo dos nanomateriais bidimensionais.
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